Episódio 04

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Bella.

Tirei a atenção quando o Betinho saiu do banheiro me encarando, abriu um sorriso e eu fiz o mesmo.

Eu: Vou ir pro leleto tá? - ele assentiu e eu me levantei.

Betinho: Qualquer fita cola aqui, jae? - assenti. - cuidado.

Fiz um joia e sai andando, passei pela porta e fechei a mesma.

Sai andando e vi uns pessoal me olhando mas ignorei e continuei meu caminho, resolvi corta a rua pela minha pra chegar mais rápido e assim eu fiz

Avistei meu vô vindo cambaleando e eu acelerei meu passo, assim que passei por ele corri até a ponta da rua e atravessei indo pra casa do leleto.

...

Leleto: Fala preta - me deu um abraço e eu sentei.

Eu: Tô parecendo desabrigada, indo pra casa de um e de outro - ele riu negando.

Me joguei no sofá e deitei, maior soninho bateu

Eu: Faz carinho na minha cabeça? - ele fez espaço com a mão e eu me levantei um pouco.

Ele se sentou e eu deitei minha cabeça em seu colo, logo ele começou a fazer carinho na mesma.

Leleto: Oque deu na sua prima? - ignorei. - mina chata do caralho.

Eu: Não fala assim dela, não sei - ele puxou meu cabelo de leve e eu resmunguei em seguida - ela tá interessa ué.

Leleto: Papo reto? - ele riu e eu ri por cima. - Deus que me livre, mo tcheca de túmulo.

Soltei uma risada sincera, mas logo parei tentando entender como ele sabe.

Eu: Quem te contou isso? - olhei pra ele.

Leleto: Boatos sabe? - eu sorri negando.

Me chamou de fofoqueira e tá ai, bom não sei se é verdade, mas esses papo rola já faz de um tempo e o pior nem é esse, o pior que rola um também que ela fez suruba em um cemitério da pista, a famosa "tcheca de túmulo".

e se vocês divinharem quem me contou isso, ganha um troféu.

Eu: Vou dormi tá? - ele puxou meu cabelo. - tô com sono.

Leleto: Vai deitar na minha cama então - neguei. - vai sim.

Eu: Vai me levar? - ele negou. - então não vou.

Ele se levantou com tudo e minha cabeça foi pra frente conforme, logo ele veio me pegando no colo.

Leleto: Te odeio garota - falou rindo e eu deitei no seu ombro.

Ele me colocou na cama e eu me ajeitei na mesma, logo ele colocou a coberta por cima de mim e ligou o ar.

Eu: Te gosto leletinho - fechei meu olhos.

Leleto: Leletinho - riu baixinho e eu apaguei.

...

Acordei com meu celular tocando e peguei o mesmo atendendo.

[...]

Ligação on.

***: Fala safadaaa - gritou do outro lado da linha e minha cabeça doeu.

Eu: Puta, acabei de acordar. - falei sonolenta.

***: não quero saber, desce pra pista - já estava negando na minha cabeça. - Agora!

Ligação off.

[...]

desligou na minha cara, vê se eu posso com uma coisa dessas.

A Maria é uma colega da pista, trabalhamos no mesmo lugar e nos conhecemos lá mesmo.

Gosto muito mas não sou tão próxima assim, a kimberly conhece ela a mais tempo, porém Maria não gosta dela.
"Meu santo não bate."

Ouvi barulho de alguma coisa batendo e o Binho entrou correndo no quarto, olhei sem entender mas ignorei.

Binho: Não vai me dar bom dia?! Mal educada - mostrei a língua. - cobra!

Eu: Cuidado pra não entrar no seu cu - ele riu negando e eu me levantei. - Nossa meu cabelo tá horrível.

Binho: Todos os dias - fui em direção ao banheiro entrei no mesmo para fazer minha higiene.

Como minha escova não estava aqui, usei a do leleto mesmo. é nojento?! muito, mas com bafo não fico.

Eu: Binho, se viu minha mãe? - gritei do banheiro e abri a porta.

Binho: Tá atrás de tu, se vai escutar um monte - gritou.

Fui pegar meu celular no quarto e logo sai, vou passar em casa pra pegar algumas coisas e vou descer pra pista.

Não sou de sair muito por escolha minha, mas quando eu decido alguma coisa eu vou e faço, seja escondido ou com consentimento de alguém.

leleto: Vai pra onde? - me encarou de cima a baixo e mostrei o dedo. - educação passou longe.

eu: meu pai é outro, mas fica em paz minha mente é meu guia. - ele concordou sério e o binho veio me empurrando. - vai descer comigo?

ele assentiu e mandei beijo no ar pro leleto saindo dali.

percebi a cara de desdém dele mas felizmente não sou presa a ninguém e não devo um pingo de satisfação.

...

Abri a porta e de cara vi minha mãe no sofá comendo, ela me olhou puta mas ignorei e fui pra cozinha.

Ana: Quero ser uma vagabunda se você sair daqui hoje - só posso tar ouvindo coisa. - onde você tava?

Eu: Ué, não posso sair mais? Agora pronto - falei irônica. - tava no leleto e você sabe bem, te avisei e não sei qual é.

Ana: vem aqui - me sentei no outro sofá. - a filha do seu vô, veio aqui.

É até uma surpresa essa nojenta aparecer por aqui, nunca vem e quando vem é na maior mal vontade! Entendo que todos temos vidas, mas acho que não custa ela tirar uma horinha pra vim pelo menos bater um lero com ele.

Eu: Eai? - perguntei com um tom rude.

Ana: Surto porque você não tá indo mais lá. - fiz cara de deboche.

Quando eu ia no meu vô, eu limpava as coisas lá. Deixava tudo organizado! Quero que ela vem me irritar, nunca vem aqui, nunca trás porra nenhuma e ainda quer mandar.
Só pode tar maluca.

Eu: Quero que ela vem falar as coisas diretamente pra mim, nunca faz porra nenhuma e quer ter autoridade. - ri debochada e me levantei. - vou descer pra pista, praia né bebê.

Ana: Você se liga, Cristiane - rebolei subindo as escadas e ela riu.

Paga de mãe dura mas nem é, se deixar ela vai comigo pra pista e ainda leva as amigas dela.

Minha mãe em certa parte ela é muito de boa, de boa mesmo! Mas em outras ela é insuportável por conta do meu pai.

Por ele nem na rua eu pisava, mas ela tem que entender que eu não sou o fantoche dele e muito menos dela, já sou de maior e grandinha o suficiente pra saber oque eu quero pra minha vida.

e sabe né?! nos jovens só ouvimos oq queremos, o resto entra por um e sai pelo outro.

Entrei no meu quarto e já fui direto tomar um banho, n sei vocês mas eu tomo banho antes de ir pra praia. Jamais vou por biquíni com a intimidade podre!.

Tinha que marca pra ir fazer a unha do pé, minha prioridade pq se deixar minha unha fica encravada. Acho uó.

Uma mente + mil confusões - [M]Onde histórias criam vida. Descubra agora