chaos gods

Seven • Our body

Harry estava aproveitando o bom dia. A dias ele e Louis vinham conversando sobre ideias para o seu casamento. Precisamente dois dias.

Mas as coisas não eram tão fáceis. Aquele reino precisava de muita preparação para ser o lugar com o qual Harry sonhou em casar um dia. Levariam mais tempo.

Semanas. Mas tudo era por um propósito, pois eles se uniriam da melhor maneira possível.

Harry passou as mãos pelos longos cachos, eles estavam secos, macios e com perfume natural de rosas exalando.

Andava pelos salões, um a um, buscando seu parceiro. A realidade era que Louis disse que gostaria de se casar com ele, mas não o havia pedido realmente.

Esta noite teriam uma bela refeição a sós em seu quarto, seria uma oportunidade perfeita.

O último lugar o qual pensou, foi na sala em que Louis se reunia com seus cavaleiros para discutir pontos de segurança do submundo.

Harry empinou o nariz, erguendo o queixo, as mãos prontas para empurrar as portas de madeira, grandes e imponentes, quando uma voz feminina desagradável chamou a atenção.

— Hades está em reunião — Nefera disse a ele.

Harry respirou fundo, fitando a ninfa com o olhar, ela usava ainda menos roupas hoje do que nos outros dias. Um tecido praticamente transparente de seda e nada mais.

— Estou aqui a tempos para falar com o imperador — ela voltou a dizer.

— Não me importa o que veio fazer aqui, estou indo falar com meu noivo — Harry disse imponente e seguro.

— Os boatos eram verdadeiros, então? Ele lhe pediu em casamento — soou como um suspiro de deboche — patético.

— Ouça, Nefera — ele murmurou — creio que já se esqueceu do pequeno acidente que ocorreu certo dia, no meu quarto com Louis.

— Não sei do que está falando... — ele notou como o corpo da ninfa tornou-se mais tenso perante a informação.

— Estou falando sobre ter me arranhado. A sua atitude foi terrível — ele lamentou — e eu ainda assim perdoei você.

— Eu não fiz absolutamente nada — ela arfou — não o encostei.

— Você me arranhou, porque eu disse que fez e você faz absolutamente tudo que eu mando! — ele ergueu a voz.

— Não sou sua criada — ela encolheu-se ao notar o deus andar bravamente até ele — eu não...não sou sua criada, Harry.

E de repente tudo havia tornado-se escuro para Harry, ele estava possesso com aquele atrevimento.

— Você — ele empurrou a ninfa contra a parede alta, no corredor — nunca mais me chame de Harry. Eu sou seu imperador, eu sou o futuro marido de Hades, quer você queira ou não.

— Se afaste — ela gritou, um grito que todo o corredor ouviu, ecoando pelas paredes.

— Você é uma ninfa insignificante e eu sou um deus — ele disse em um tom médio, sua intenção era que ela ouvisse tudo — eu sou um deus.

— Não é mais importante que eu — ela o olhou em puro medo.

— Você é uma serva insignificante que vive no submundo pela misericórdia de Hades. E quando eu for imperador, meu primeiro ato será mandá-la para o tártaro.

— Não — ela negou, arfando em pânico ao se dar conta do que foi dito — não pode.

— Eu posso, eu vou fazer — ele afirmou, ao se aproximar ainda mais dela — isso se eu não matar você primeiro.