Twelve • Freedom

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Era possível admirar o horror nas expressões que traziam caos, dentro daquele fosso.

Louis os observava como se focasse em um prêmio a ser ganho. Harry ainda estava frágil em sua frente, as lágrimas ainda quentes sobre a face.

Louis havia possuído sua alma. Era simples de entender.

O beijo os ligava completamente por emoções e por pensamentos. Mas Louis também poderia ter corpo e alma de Harry, se quisesse.

Poderia falar por ele, observar em seu corpo ou ouvir, as vezes agir também.

Com a permissão de Harry, ele teve. Foi parte de seu plano.

— Por que me parecem tão surpresos? — Louis perguntou.

— Nos trouxe para uma armadilha — Zeus acusou.

— Não — ele negou — os fiz cair na armadilha que vocês mesmo armaram.

Hera parecia possessa com aquela situação. Não fazia parte de seu plano.

Louis sorriu ainda mais, ao saber que obteve aquilo que gostaria, inicialmente, a submissão dos magnis.

— Harry — Louis sussurrou em seu ouvido, beijando sobre a marca do beijo.

Harry gemeu baixinho, fechando os olhos com força. Sua alma recobrava para si lentamente.

O cacheado suspirou, sendo dominado por sua aura novamente, as íris verdes confusas ao buscar foco.

— Sentiu saudades, minha musa? — sussurrou.

— Amor — ele murmurou entre os lábios rosados, se voltando para Louis e o abraçando pelo pescoço. Se sentia frágil.

— Tão manhoso — sorriu, abraçando o corpo entre seus braços e contra si. Harry deitou sua cabeça no peito de Louis.

Eram observados pelos deuses e era como se não dessem importância para suas presenças.

— O que exatamente fizeram? — Ares quebrou o silêncio.

Hades recobrou seu sentido, agora observando o deus impaciente:

— Não é óbvio? Convidar vocês para vir ao meu reino e presenciar meu casamento com um deus cujo seu poder é importante e eu o roubei?

Louis sentia que era óbvio, mas ainda não haviam entendido.

— Harry queria um casamento e nós tínhamos um plano. São tão prepotentes e curiosos que vieram todos para o submundo.

— E para que nos quer? — Hera perguntou.

— Vocês me castigaram por algo que eu jamais fiz. Eu sofro a anos com essa dor e vocês irão me livrar dela, assim como me colocaram nela — disse rude.

— Você merece sofrer — Zeus gritou.

— Não sou eu o monstro aqui — Louis usou tom de humor para apontar.

— Se acha tão inteligente — Ares resmungou, os encarando com tamanho ódio, após dar um passo em sua direção — tão prepotente.

— Ares, quieto — Apólo apertou seu braço, sabia a burrice que seria enfrentar Hades.

— Tudo é um grande jogo para você — Ares apontou para ele, encarando Hades firmemente — quer ter o poder do Olimpo também? Quer nos escravizar?

— Eu poderia. Poderia fazer tudo o que está dizendo — Louis acenou, erguendo o queixo — mas não sou tão baixo e medíocre quanto Zeus. Nunca serei.

— Não fale do meu pai — Ares gritou, ecoando por toda cela no fosso — não insulte meu pai por uma vagabunda como Perséfone.

Ares sabia das consequências de dizer tais palavras, mas senti-las seria diferente.

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