Eleven • Sweet Revenge

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Harry esboçou um sorriso, no momento em que os deuses do olimpo se puseram em frente a eles. Suas posturas eram rudes, ato de quem parecia negar qualquer ato amigável.

— Quanto tempo, Zeus — Hades esboçou um sorriso igual ao seu parceiro — o que achou do submundo?

— Sabe muito bem que não me conquistará com essa falsa conversa amigável — Zeus murmurou as palavras de maneira ranzinza.

— Harry — a voz feminina que soou em seguida pertencia a Afrodite — por favor, dê um abraço em sua mãe. Eu estava ansiosa para vê-lo.

O deus suspirou, afastando-se dos braços de seu parceiro, para caminhar até a mulher.

— Senti tanta falta do meu Harry — ela disse, quando seus braços envolveram-o.

— E continuará sentindo eternamente, mamãe — um sorriso domou seus lábios — seu Harry não existe mais.

— Do que está falando, meu bem? Você está bem aqui — confusa, Afrodite franziu o cenho. Seus belos olhos azuis procuravam por alguma explicação.

— Não, ele não está — Hera ergue a voz, completamente livre de emoções — não seja tola Afrodite. Seu filho esteve meses aprisionado aqui. Hades o perverteu de todas as maneiras possíveis.

— Eu o perverti? Sabem muito bem que Harry sempre teve a mesma essência que eu — Hades silabou as palavras calmamente — ele sempre foi meu.

— Não diga besteiras — Ares esbravejou, finalmente se pronunciando — ele é meu noivo, estamos prometidos a centenas de anos.

— Eu espero que não tenham vindo aqui para tentar me convencer de algo — Harry suspirou as palavras — eu sempre pertenci ao meu Hades.

— Você é do olimpo, Perséfone — Apolo afirmou.

Dentre os deuses presentes, o único que não parecia buscar convencer Harry de voltar às suas "origens" era Poseidon.

Ele estava bastante distraído ao observar aquilo que o submundo havia se tornado em um curto período de tempo. Hades havia feito um bom trabalho ao lado de seu parceiro.

Não parecia, mas Poseidon sentia algo bom em relação ao triunfo de Hades:

— O submundo está muito belo — disse em voz alta — fizeram um bom trabalho aqui.

— Para de distribuir elogios — Zeus reprimiu o irmão, soando irritado com aquele comentário — Hades é nosso inimigo, não simpatize com ele.

— Estou apenas sendo sincero, Zeus, Hades trabalhou muito bem na formação do submundo — Poseidon voltou a tecer elogios.

— Guarde suas sinceridades para você — reprimiu novamente.

Louis não gostaria de confessar que havia se sentido mal com as palavras de Zeus.

Jamais havia recebido um elogio advindo de algum irmão seu e ouvir Poseidon lhe engrandecendo pelo trabalho feito no submundo, o causou uma sensação única e confortável dentro de si.

E Harry havia percebido a mudança sutil em seus pensamentos.

— Aproveitem a comemoração — Perséfone se pronunciou, desejando encerrar a conversa por hora.

Sendo deixados para trás, Harry segurou a mão de seu parceiro, o guiando para a entrada do submundo, a fim de afastar Louis dos outros deuses e suas tentativas de amolecerem-no com belas palavras.

— Por que se afetou com as palavras de Poseidon?

— Desculpe — Louis liberou um suspirou baixo, bastante frustrado — eu gostaria de parecer mais indiferente a eles, mas elogios nunca me ocorreram e não soube como reagir, ainda mais um elogio vindo dele.

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