Não Me Diga Adeus - Lee Know

Capítulo 3

Capítulo 3

Sentia meu celular vibrar ao lado da cama, já era hora de acordar e me castigava mentalmente por ter ficado treinando durante a madrugada e ido dormir tão tarde na noite anterior. Abri os olhos relutantes alçando o celular em cima do móvel logo ao meu lado, não era meu despertador e sim uma ligação.

Bunny baby

Só pode ser brincadeira. Pondero se atendo ou não sua ligação, eu estava triste e chateada com ele e talvez a nossa conversa não termine tão bem. Ainda pensava se atendia ou não quando seu nome apareceu novamente na tela. Atendi mas não disse nada, ouvia sua respiração ao fundo.

— Gatinha ? — me chamou — tá tudo bem ? Não vai falar nada ?

Agora eu estava com raiva, sério que ele vai agir como se nada tivesse acontecido ?

— O que você quer Lee MinHo ? — perguntei ríspida

— Desculpa por não ter ligado no seu aniversário — pediu triste

— E você só vem me pedir desculpas três dias depois da data ? — perguntei incrédula

— Eu não esqueci que era seu aniversário — disse com pressa e eu ri desacreditada.

— Isso só piora a cada vez que você fala — disse controlando minha voz, minha vontade era gritar com ele — Acho que eu preferia que você tivesse esquecido

— Me desculpa amor, de verdade...

— Eu sabia que você não tinha esquecido, e isso é o que mais me deixa magoada, porque todos me ligaram, até mesmo sua mãe e ainda me mandou um bolo e você que é meu namorado não me mandou nem a droga de uma mensagem — soltei de uma vez tudo que guardei durante esses três dias — vai se foder, Lee Know.

— Pode me xingar, eu deixo desde que isso te faça me perdoar — comecei a chorar de raiva — mas abre o portão, por favor, tá muito frio aqui fora...

— Como assim ? — me levantei rapidamente ainda com o telefone no ouvido indo até a janela do quarto — Você tá brincando comigo ? — e lá estava ele, todo agasalhado encostado em um poste do outro lado da rua.

Desliguei a chamada jogando o celular na cama correndo pro andar debaixo, calcei o primeiro sapato que vi na minha frente abrindo a porta logo em seguida, foi questão de segundos para esquecer que estava com raiva dele. Tive que voltar para pegar a chave do portão, que acabei esquecendo devido a euforia dele estar aqui. Abri o portão de ferro com rapidez dando de encontro com ele que abriu os braços me acolhendo em um abraço protetor. Era desse toque, desse abraço, era dele que eu precisava.

— Não está mais brava ?

— Ainda estou — o abracei mais forte — mas aproveita o momento.

Ficamos mais um tempo abraçados, até MinHo nos afastar, sem desfazer o abraço por completo.

— Vamos entrar, antes que você pegue um resfriado.

O ajudei com algumas sacolas que ele carregava.

— O que é tudo isso ? — perguntei, ao estranhar o peso das sacolas.

— Eu vim direto da casa dos meus pais — sentou-se no sofá da sala me encarando — os garotos vem mais tarde, queriam nos dar privacidade

Assenti e me sentei ao seu lado. O clima estava estranho, o que era inevitável.

— Vem cá gatinha — me puxou para cozinha — minha mãe te mandou algumas coisas — disse e foi tirando algumas vasilhas de uma das sacolas e colocando dentro da geladeira. — ela disse que você está muito magra e precisa comer mais. — me olhou desconfiado — mamãe não é de falar da aparência dos outros, então pra ela ter comentado sobre isso é por que está preocupada.