32 - Nada Daquilo Aconteceu 🌙

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Época passada.

O que tanto pensa Akira ? - pergunta Tátacha, amiga de meu irmãos, ela limpa a nossa casa as vezes e cozinha para nós — Ainda não terminou sua refeição - olho para o meu pote que está cheio de sopa ainda.

Peço perdão. Estou um pouco avoada - murmuro um pouco sem graça. Algo me incomodava e eu não sabia para quem recorrer sobre esses tipos de assuntos.

O que a incomoda? - Tátacha se aproxima e se senta na cadeira ao meu lado — Sabe que pode contar comigo para tudo - largo a minha colher e fico olhando a mesa de madeira.

Eu estou incomodada - murmuro baixo.

O que houve ? Alguém a chateou?

Não. É que tem uma pessoa que me deixa sem jeito as vezes - o seu silêncio me incomodou e tive que olhar para o seu rosto, não entendi o porquê ela ficou assim. Sua expressão está mais confusa do que a minha.

Uma pessoa ? - questiona curiosa. Talvez ela estivesse imaginando que ouviu algo de errado.

Sim - olho para a mesa novamente e começo a tremer a minha perna. Toda vez que estou nervosa eu não consigo controlar a minha perna.

E o que essa pessoa fez para te deixar assim?

Eu não sei. As vezes eu fico pensando nisso mas nunca acho uma resposta certa para as minhas perguntas. É como se ele fosse um imã as vezes, não consigo ficar longe mas se fico perto demais me irrito, tenho vontade de bater nele mas também de não bater e apenas ... cuidar... - meus olhos começam a vagar a minha casa e olhar para a Tátacha — Será que estou amaldiçoada ??? Lançaram uma praga em mim ??? Como essas coisas podem acontecer ??. Isso não faz sentido, a lua nunca me falou de tamanha maldições como estás, eu não sei o que fazer Tátacha!! Ele é tão.... - penso em palavras para descrever a pessoas mas não conseguia, não havia palavras para dizer sobre ele — Aaah!!! - grito nervosa e levanto bruscamente da mesa — Me desculpe, nossa conversa pode acabar aqui, tchau - saio correndo para fora de casa. Por não olhar por onde anda acabo esbarrando em meu irmão com tanta força que acabei caindo no chão toda desajeitada.

Akira, cuidado - fala Hagoromo, meu irmão — Desse jeito pode acabar machucando uma pessoa - me repreende com sua voz séria. Meu coração se apertou e eu apenas quis chorar.

" o que está havendo comigo?"

Penso e levanto do chão com os olhos cheios de lágrimas. Olho para meu irmão, sua expressão séria se desfez e uma preocupada surgiu.

Akira... está bem?

Peço perdão por correr desse jeito, prometo que isso jamais acontecerá - ignoro a sua pergunto e me reverêncio, logo depois saio correndo para bem longe de minha casa. Precisava ficar um pouco sozinha.

🌙 A filha de Kaguya 🌙Onde histórias criam vida. Descubra agora