JOE
Ela usa um vestido branco longo, a bainha beija gentilmente a grama, enquanto June anda ao redor das videiras. A chuva cai como um manto fino ao redor dela.
Ela parece a porra de um anjo, ele pensa.
-Você veio. -June sussurra. Ele se lembra automaticamente da noite da praia.
-Você ainda não aprendeu que todas as vezes que você me chamar, eu vou ao seu encontro, lindinha? Não importa onde você esteja, eu vou te encontrar.
Ela olha para ele e sorri. É a coisa mais doce que Joe já viu. June se aproxima, uma mão em direção a boca dele, Joe a abre e fecha os olhos. Não questiona, confia totalmente nela. A uva só não consegue ser mais doce que a garota que a deu a ele.
-Está chovendo. -Ele resmunga.
-Meu pai disse que ia chover. -June ri. Ela estende a mão para ele, o puxando. -Vem, vamos para a varanda.
Joe a segue para dentro do galpão e depois para além dele. O bolso da calça de moletom parece queimar, ele se sente ligeiramente nervoso. June sorri para ele por cima do ombro, fazendo as pernas dele ficarem bambas. Ela é tão linda e faz tão bem para ele, é fácil se perder nos olhos dela, no sentimento em si. Eles saem para a varanda, a vista da cidade emoldurando a silhueta de June faz ele perder o fôlego.
-Nossa.
-Eu sei. -Ela ri.
June faz com que ele sente no banco largo de madeira. Ela se acomoda em seu colo, as pernas uma de cada lado das dele, tão perto que os narizes quase se tocam. Agora que ela está próxima, ele repara que June não usa um sutiã, ele segura a cintura dela com ambas as mãos, não parece estar usando calcinha também. Ela segura o rosto dele nas mãos e o beija, um simples juntar de lábios.
-Obrigada por estar aqui. -Ela diz. -Mais cedo, eu quero dizer. Quando o Seb surtou.
-Eu sabia que ele ia fazer algo do tipo, lindinha. -Joe beija a testa dela. -Eu não podia me meter, mas achei que eu deveria estar por perto.
-Eu amo você. -June sussurra, ela coloca a testa na dele, a respiração em sincronia. -Eu ouvi você conversando com o meu pai.
-Ele é um bom homem. -Joe responde. -Ele criou uma filha maravilhosa.
-Sim. -Ela seca uma lágrima. -Sinto falta dele, na maior parte do tempo.
-Ele também sente a sua.
-Eu sei. Eu nunca deveria ter deixado minha mãe se intrometer nos meus verões com ele.
-Ela se intrometeu? -Joe pergunta.
-Sim. -June suspira. -Ela disse que eu precisava ser alguém na cidade e não uma caipira que faz vinho.
-Isso foi bem... nossa, June. Eu não conheço sua mãe, então...
-Não está perdendo nada. -Ela ri, baixinho.
-É uma parte sua, June. É claro que eu estou perdendo.
-Não é uma parte boa. -Ela faz uma careta. -Enfim, eu te chamei por um motivo.
-Você sempre tem um motivo. -Joe ri.
Ele se sente mais aliviado quando ela ri de volta.
-Nós não temos mais amarras, Jojoe. -Ela morde os lábios, brinca com o cordão da calça dele. -Não tem Sebastian, não tem Anna. Somos eu e você, agora.
-Sempre fomos eu e você, lindinha. -Ele coloca uma mecha do cabelo dela atrás da orelha. -Sabia que quando eu conheci seu irmão ele me disse que eu deveria sair com você?
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Slow Down
FanfictionJuniper Donahue tem poucas preocupações na vida: O que ela vai pedir para o jantar? Qual vai ser sua próxima viagem? Quando vão lançar o novo livro da sua série favorita? Mas apenas uma delas a mantém acordada a noite: Como ela vai se livrar de...