with your hands around my neck || Thiam

with your hands between your thighs

In my imagination, you’re waiting lying on your side

With your hands between your thighs

Stop and wait a sec

When you look at me like that my darling, what did you expect?

Se passaram semanas desde O Incidente, — como Liam passou a chamar em sua cabeça — e ele tinha passado cada segundo tentando desesperadamente não pensar em Theo, e apenas meio que conseguindo. Todo mundo presumiu que ele estava agindo estranho por causa da Hayden ter ido embora, o que não estava completamente errado; ou por causa da partida iminente de Scott, o que também não estava incorreto. Ele sabia que nunca poderia dizer a nenhum deles que uma das principais razões pelas quais ele estava tão distraído e nervoso ultimamente é porque a qualquer momento sua mente estava revivendo a imagem de Theo lambendo o esperma de seus dedos enquanto seus dentes ainda estavam manchados com o sangue de Liam.

Ele quase agradece quando Beacon Hills decide jogar mais besteira sobrenatural neles, porque pelo menos lhe dá uma distração, no lugar de pensar constantemente sobre o quão ferozmente excitante foi para afundar suas presas na garganta de Theo; sabendo o quão facilmente poderia tê-lo matado naquele segundo; como Theo tinha se submetido a ele como se fosse algo que ele precisava, algo que ele ansiava; o quão desesperadamente Liam queria arruinar ele—

Bem. Talvez não fosse uma distração total, mas não há muitas coisas como uma pilha gigante de ratos mortos para matar o clima, então. Aquilo era algo, pelo menos. Isso combinado com levar um soco na cara; quase transformar no meio do hospital lotado; e ser jogado repetidamente contra um armário por um Cão do Inferno assassino são o suficiente para distraí-lo, por enquanto.

Aquela noite, depois de horas revirando na cama, sem conseguir pegar no sono, ele finalmente desiste — sai de casa pela janela de seu quarto o mais silenciosamente possível, e vai correndo patrulhar. O que ele está procurando exatamente, ele não sabe; mas ter algo para fazer, faz com que Liam se sinta menos inútil.

Hayden me abandonou. Scott está indo embora. Você é o alfa agora. Você tem que crescer. Pessoas e coisas mudam.

Tudo mudou. E ele está sozinho. A única pessoa que ele já amou, o deixou; e ele está sozinho. E ele nem consegue—mal consegue ganhar uma briga contra um Cão do Inferno; mal consegue impedir-se de transformar; mal consegue escolher as aulas certas, pelo amor de Deus. Ele não consegue fazer o mesmo que Scott, ele nunca vai ser o Scott. Ele não consegue proteger as pessoas. Ele não consegue salvar todo mundo—não consegue salvar ninguém. Seja lá o que está por vir, seja lá o que eles deixaram escapar, acabara matando todos e vai tudo ser culpa dele–

O súbito peso esmagador dessa percepção é suficiente para fazer Liam cair de joelhos no estacionamento qualquer que ele foi parar, na periferia da cidade, o cascalho cavando em sua pele mesmo através de sua calça de moletom, suas garras saindo e seus olhos brilhando, é tudo culpa sua, é tudo culpa sua, é tudo culpa sua–

Ele mal consegue respirar, quase nem pensar, mas enfiar suas garras em suas palmas o ajuda a esfriar a cabeça ao ponto de que ele lembra, lembra como acalmar-se; ouve a voz de Scott em sua mente, calmo e com uma pitada de força de alfa no tom: Quais as três coisas que não podem ser escondidas por muito tempo?

“O sol,” ele sussurra, inalando profundamente. “A lua,” ele continua, sua voz mais segura, suas garras retraindo. “A verdade,” ele termina, sua frequência cardíaca se nivelando, sua respiração mais estável.

Quando sua visão finalmente clareia, ele percebe que está ajoelhado em um estacionamento atrás de um armazém, aparentemente abandonado, vazio, exceto por uma caminhonete azul estacionada no canto mais distante — espere.