underneath the pale moonlight

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Underneath the pale moonlight

Dreaming of a circus life

Carousels and ferris heights

I’ll be yours if you’ll be mine

Cause I’m so lonely, I’m so lonely

If you hold me, I’ll be your only


Quando Liam acorda piscando lentamente, seu rosto latejando, leva um momento para ele processar onde está. Ele gradualmente se torna consciente de seus arredores, o interior da cabine do caminhão lentamente entrando em foco.

“Eu tive que te nocautear,” diz Theo, sua voz cortando a clima seco persistente.

Bem, isso explica a dor latejante. “Quantas vezes?” ele pergunta com um tom desinteressado.

“Cinco,” Theo responde, inteiramente satisfeito demais consigo mesmo, olhando para Liam com um sorriso. Liam não consegue nem reunir energia para ficar com raiva, sentindo-se vazio e tomado por náusea, como se tivesse queimado cada grama de raiva quando quase matou Nolan.

Ele quase matou Nolan. Ele se lembra de cada segundo, apesar do esforço de Theo para causar danos permanentes em seu cérebro. Lembra da raiva que sentira, de como desejara matar Nolan, despedaçá-lo com as próprias mãos; lembra como fora bom ver Nolan tão aterrorizado.

“Quase matei ele, né?” ele pergunta baixo, já ciente da resposta.

“Quase. Mas, quebrou as mãos tentando evitar.” Liam encara seus dedos ensanguentados, já curados onde haviam sido rasgados quando ele os esmurrava contra a parede rochosa, ao lado da cabeça de Nolan.

“Acho que isso já é algo,” ele murmura, sem conseguir tirar os olhos do sangue em suas mãos. O sangue que sempre estará em suas mãos. Talvez eles estejam certos. Talvez ele seja um monstro. Um assassino.

“Da próxima vez que você inventar um plano assim, escolhe um lugar que não vá ser um gatilho pra sua raiva mortal,” Theo diz francamente, como se fosse possível ter alguma ideia do que está falando.

Liam revira os olhos, ainda incapaz de formar algo além do nível regular de irritação direcionada a Theo. “Eu não sabia que isso iria acontecer.” Não percebeu até chegar lá, somente quando estava dentro de uma das jaulas, exatamente onde ficou da última vez que esteve lá.

Somente quando, de repente, sentiu-se como um garoto de 15 anos, encolhido em um canto enquanto seus companheiros de equipe—seus amigos— jogavam bolas de lacrosse em sua direção, dando risada toda vez que uma atingia-o. A voz de Brett cortando pela dor e constrangimento, zombando-o pelas lágrimas inevitáveis que derramavam de seus olhos. E, então, vendo Nolan, lembrando-se de como se sentiu naquela sala de aula, tão indefeso enquanto Gabe e Nolan o socaram, engasgando com o próprio sangue enquanto tentava desesperadamente não transformar-se. Sentia-se estar na noite de sua primeira lua cheia novamente, coberto por aquela raiva avassaladora e infinita, que queimava cada célula de seu corpo, tornando sua visão vermelha, substituindo cada pensamento com a violenta necessidade de matar.

“Não importa se era pra acontecer ou não, você escolheu o lugar,” diz Theo, e Liam não pode deixar de olhar para ele, seus olhares travando por um breve momento antes de Theo desvia-los. “Você fez o plano e queria minha ajuda,” ele diz a última parte como se não pudesse acreditar.

Honestamente, Liam não sabe exatamente por que pediu ajuda a Theo. Haviam– bem, talvez não muitas outras pessoas que ele poderia ter chamado, mas havia pelo menos algumas. Certamente aqueles que tinham menos tendência de irritar Liam. Porém, quando Scott perguntou quem ele queria que fosse com ele ao zoológico, Liam mal hesitou antes de dizer o nome de Theo. Scott pareceu inicialmente surpreso, mas concordou rapidamente, confiando em seu julgamento.

with your hands around my neck || ThiamOnde histórias criam vida. Descubra agora