Capítulo 5 - Tragédia

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Acordo de manhã com um barulho de várias pessoas  conversando, levanto da cama, escovo os dentes e desço as escadas.
Vejo meu pai olhando a rua pela janela.

— Pai, o que está acontecendo lá fora? — disse Jonny.

— Não sei bem, mas tem até uma viatura da polícia lá — disse William.

Abro a porta de casa, vejo dezenas de pessoas da vizinhança na rua conversando entre elas e olhando para a casa de Angélica.

" O que 'tá acontecendo aqui? " pensou Jonny.

Entro na multidão e tento ver o que está acontecendo — até que vejo o corpo de Angélica sendo carregado por bombeiros — mas sinto uma mão sobre meu ombro direito e percebo que é meu pai me consolando.

— Pai, o que será que aconteceu com a Angélica? — disse Jonny assustado.

— Não sei, mas espero que ela esteja descansando agora — disse William com um rosto abalado.

Meu pai conversa com alguns vizinhos sobre o ocorrido enquanto eu fico paralisado tentando processar o que aconteceu.

(...)

— Jonny, você está melhor agora? — disse William preocupado.

— Melhor que antes — disse Jonny triste.

— Vamos fazer alguma coisa juntos ou você quer ficar sozinho? — disse William.

— Prefiro ficar sozinho — disse Jonny abalado.

Subo as escadas enquanto tento não ouvir o som da multidão fora de casa.
Entro no meu quarto e deito em minha cama.

(5 horas depois)

Acordo suado e com muita sede, desço as escadas e vou até à cozinha beber um copo d'água.

Depois de matar a sede, olho pro lado e vejo meu pai lendo um livro numa cadeira.

— Que livro você está lendo? — disse Jonny.

— Olha só, você acordou! — disse William — Estou lendo "O Mar Acima do Céu".

— Conheço esse livro, ele é bom? — disse Jonny.

— Muito! Recomendo aliás — disse William.

Depois da conversa eu vou até o banheiro e tomo banho.
Ao terminar, me seco e troco de roupa e percebo que a gaveta está entreaberta, resolvo abrir para ver o que tem dentro e me deparo com algo estranho — vejo a palavra "Clorofórmio" escrita num recipiente cheio pela metade — fecho a gaveta e vou até à sala.

— Topa ver um filme? — disse William.

— Pode ser — disse Jonny.

Depois de horas vendo o filme eu acabo adormecendo e caindo no sono.

(...)

Acordo e vejo que meu pai não está do meu lado.
Olho pros lados e vejo que no quintal o  Sully está sentado em frente o quartinho.
Me levanto e vou até lá para acariciá-lo, mas ouço um barulho contínuo de dentro do quartinho parecendo uma furadeira — derrepente ouço gritos abafados por algo de dentro do quarto — Sully começa a latir e resolvo pegá-lo  no colo e levá-lo até dentro de casa.

Tranco a porta que dá entrada para o quintal e coloco Sully no chão, tento não ouvir os gritos vindo do quarto e subo as escadas.

" Mas o que 'tá acontecendo lá dentro? " pensou Jonny.

Entro no meu quarto e começo a ler meu livro, mas recebo uma ligação de minha mãe, atendo e percebo sua preocupação fugir do celular.

— F-Filho, como v-você está? — disse ela gaguejando.

— "Tô" bem mãe — disse Jonny — aconteceu alguma coisa?

— Aconteceu nada filho, só queria saber se você estava bem.

Conversamos por mais 2 minutos e terminanos a ligação.

" Por que ela está estranha desse jeito? " pensou Jonny.

Derrepente ouço meu pai me chamar na cozinha.
Vou até lá e vejo ele com uma pizza.

— Pizza! — disse William animado.

Meu pai e eu comemos e depois vamos dormir.

(No dia seguinte)

Acordo com o som do liquidificador na cozinha.
Me levanto resmungando, lavo o rosto e vou até a cozinha.

— Que barulheira é essa? — disse Jonny irritado.

— Estou fazendo uma vitamina de banana, você quer? — disse William.

— Não, obrigado. — disse Jonny.

Tomo um café e saio pra passear com o Sully.

(...)

Depois de um tempo caminhando paro num parque e sento numa cadeira ao lado de um senhor.

— Bom dia — disse o senhor.

— Bom dia — disse Jonny.

— Você ficou sabendo?

— Do que? — disse Jonny.

— Do assasinato.

— Assasinato? Não era um acidente? — disse Jonny inconformado.

— Na verdade não, ela foi esfaqueada e depois enterrada em seu próprio quintal.

— Que horror — disse Jonny assustado — mas eles sabem quem a matou?

— Não, o assassino provavelmente usava luvas, então suas digitais não foram encontradas no corpo dela.

— Então provavelmente o assassino está assolta pelo bairro — disse Jonny.

— Provavelmente.

— É, preciso ir pra casa, até mais! — disse Jonny.

— Ei garoto! Tome cuidado, não sabemos a próxima vez que ele virá.

— Okay, tomarei cuidado — disse Jonny  com um sorriso.

Me despeço do senhor e vou à caminho de casa.

" Meu Deus, que horror, é melhor eu tomar cuidado mesmo. " pensou Jonny.

Chego em casa e vejo que meu pai saiu com o carro.

" E se eu tentar encontrar as chaves do quartinho? " pensou Jonny.

Vou até o escritório do meu pai tentando achar as chaves, mas acabo  não encontrando.

" Droga, onde será que estão as chaves? Será que ele levou com ele? " pensou Jonny.

Acabo tendo um plano e pego uma câmera que eu tenho no meu quarto.

" E seu eu esconde-lá no escritório e gravar onde ele esconde? " pensou Jonny.

Posiciono a câmera, ligo ela e vou até a sala ver um filme.

O Que Tem Atrás da Porta?Onde histórias criam vida. Descubra agora