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— Onde? Onde você está? Por que não estou te vendo? - O coração acelerado bombeava sangue por todo seu corpo, as mãos frias não se esquentavam, as pernas bambas não se firmavam, a sensação de algo ruim tomava todo seu ser, queria correr para sair dessa realidade, não podia, seus músculos não o obedeciam, caiu de joelhos, sentindo apenas seu corpo formigar, nada de dor do impacto dos joelhos contra o chão frio do quarto, o impacto pareceu ter acordado o cérebro dele, se deu conta de que não tinha ninguém além de si no cômodo.

— O que ele está tramando agora? - sua mente se alertou simultaneamente, em que seus ouvidos captaram o som da voz conhecida atrás de si.

— AH! - logo tampou sua boca, se lembrando que não deveria fazer barulho nessas situações. - Como você apareceu tão de repente?

— Tem um certo tempo que estou por aqui, aliás, com quem estava falando poucos momentos atrás? Penso que não seria com a minha pessoa.

— Desculpe-me senhor mascarado, não estava tendo um bom sono, tive um pesadelo, não quero lembrar disso, ao menos por agora.

— Certo, tenho algumas coisas para lhe informar... - O corpo alto a sua frente aparentava estar cansado, mesmo com o objeto que cobria a face, Pedro parecia ver um pedido de descanso em seu rosto

— Sem problemas, venha, sente-se aqui - disse enquanto apontava para a cama, percebeu que algo estava errado, viu certa dificuldade no outro em se mover e se sentar. - Aconteceu alguma coisa com você?

— Tive alguns imprevistos e adentrei em lugares duvidosos, acho que o problema maior está em minha perna. - Levantou um pouco do tecido que cobria a pele, o líquido vermelho escorria em quantidade relevante.

— Isso parece grave, faremos assim, você me conta o que tiver que contar enquanto eu te ajudo com isso, concordamos? - Olhou e logo depois se virou rumo a uma comoda, trouxe consigo alguns panos limpos e a jarra de água que estava em cima do móvel.

— Obrigado, estou lhe devendo a partir de hoje - disse sorrindo, se esquecendo completamente da máscara que lhe cobria as feições. - Voltando ao que tenho para lhe falar, o primo do Rei irá...

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— Mestre, suponho que o humano tenha acordado, ou é só um bichinho se movendo no saco - um dos capangas se manifestou enquanto mirava a cena onde o objeto colocado na cabeça de João se mexia estranhamente.

— Tire isso logo, deve estar sufocando, já estamos longe o suficiente para que ele não reconheça o caminho.

Assim foi realizado, os olhos que enxergavam agora a claridade estavam bem abertos, com semblante de medo e raiva misturados.

— O que estão planejando fazer comigo? Para onde estão me levando? EXIJO SABER! - Sua voz trazia a fúria emaranhada.

— Você não tem e nunca terá o direito de exigir alguma coisa por aqui, quem pode fazer o que bem entender sou eu, se não cooperar sabe muito bem o que acontece, não só a você, mas com sua querida família também, principalmente sua irmãzinha. - As palavras ditas ali foram proferidas calmamente acompanhadas de um riso soprado - Já cansei de lhe avisar.

— Não vai conseguir o que quer - junto um pouco de saliva dentro de sua boca e então disparou aquilo em direção ao rosto do ser que fazia chacota de si. - Não vai destruir isso tudo, com a minha ajuda ou sem ela, você cairá antes mesmo de se levantar. - Disse tentando se soltar enquanto os soldados tentavam colocar novamente o pano na cabeça de John.

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