•°•°•°•●| Prólogo |●•°•°•°•

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   Após horas e horas gastando minha vida nas redes sociais pude ver algo que me chamou atenção, era um vídeo falando sobre coisas como anjo da morte, as pessoas não saírem na rua a noite, por aí, o que fiz foi rir até não aguentar mais.

— *Essa gente tá num tédio tão grande que já ultrapassa os limites.* Pensei comigo mesmo.

   Desci as escadas que iam do primeiro ao segundo andar, quase caindo de tanto rir, queria muito contar para minha irmã a nova paranoia da internet, procurei por todos os lados da casa, mas não achei. Resolvi deitar no sofá da sala e assistir um pouco do que estava passando na TV, fazia um bom tempo desde a última vez que parei para assistir algo.

Liguei em um canal qualquer e estavam transmitindo um jornal ao vivo, qual era a matéria? “Pessoas somem após a notícia do provável aparecimento do Anjo da Morte”.

— Hoje perdi, oficialmente, o resto de esperança que restava em mim pelo ser humano – Falei em voz alta, indignado com a falta de capacidade dessa gente de pensar. – Vou mandar uma mensagem para minha irmã, para saber onde aquela peste se meteu – enviei várias e várias mensagens seguidas e nada. Só então eu me dei conta de que o celular dela estava em cima do móvel da TV – Se ela morrer, eu vou fingir espanto, tá legal gente? – falei por falar, em um tom brincalhão, rindo da falta de cérebro dela.

   Deixei isso de lado por um tempo e fui dormir, já beirava meia-noite, eu é que não ficaria esperando ela voltar, se ela me ligar posso até pensar em atender, não mandei esquecer o celular. Deitei na minha cama e o sono logo veio...

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   Acordei com um som estranho dentro do meu quarto, achei que fosse minha irmã querendo me avisar que já estava em casa, mas assim que abri os olhos… nada havia além de um pano preto pendurado na porta, nunca levei um susto tão grande como esse.

─ Parabéns, John, agora vê se aprende a guardar as coisas nos lugares – esbravejei, agarrando e jogando dentro do guarda-roupa o que eu achei ser uma alma do além.

   Deitei-me novamente após ter guardado o bendito pano, me revirei o quanto pude na cama até quase cair dela, eu havia perdido o sono completamente, resolvi ler um livro salvo na galeria de um aplicativo do celular, longos minutos de teorias para saber quem era o ser que manipulava tudo o sono me rodeava novamente…

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   Acordei, dessa vez no horário certo e sem sustos, levantei-me e fui em direção a porta do meu quarto, tentei abrir, mas não conseguia, minha mão simplesmente a atravessava, eu obviamente comecei a entrar em pânico, comecei a gritar, e o som não saia, minha espinha começou a gelar, foi então que eu escutei uma voz rouca atrás de mim, congelei todo o meu corpo dessa vez, sem conseguir me mover milímetro algum, para qualquer lado que fosse.

─ Olá, pequeno ser humano, ou não tão humano assim – Como assim não tão humano? Isso é um sonho, gente? Se não for com certeza é uma pegadinha de mau gosto – Não é um sonho e muito menos pegadinha, você está em fase de transição, já vai se acostumar a atravessar as coisas.

─ Quem é você? O que está acontecendo? Como você entrou aqui? Só pode ser alguma brincadeira da minha irmã! LIAH! APARECE AQUI AGORA, MENINA! – Gritei enquanto me afastava vagarosamente, após o descongelamento do meu corpo, tentando achar uma maneira de fugir, tinha um estranho, dentro do meu quarto e eu não sabia o que ele estava fazendo ali, muito menos o que ele queria.

— Se acalme John, já, já eu te explico tudo, agora vamos descer, preciso te mostrar algumas coisas.

— Como você sabe meu nome? Descer? Eu não vou a lugar nenhum até você me explicar o que está acontecendo aqui! – nessa altura do campeonato eu já não sentia mais minhas pernas.

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Humanos em Terra de Demônios Onde histórias criam vida. Descubra agora