ROSE ANDRADEDepois que o Dante nos tirou daquele buraco, recebi uma bronca daquelas da minha avó por ter sumido, mas quando expliquei que eu não poderia ter deixado o Henrique sozinho ela me entendeu, claro que eu não contei que eu levantei escondido e deixei de lado todo o resto da história.
Aquela casa estava parecendo uma zona de guerra, estava tudo revirado, e sem muita necessidade, pois a casa era pequena e não tinha muitos lugares pare se esconder ali dentro. O Dante saiu com o Henrique a horas e não me falou para onde estavam indo, e minha avó nao deixou que eu fosse junto. E tive que me conforma em ficar e ajudar com toda aquela bagunça.
Enquanto íamos arrumando as coisas dona Maria parecia longe e estava mais quieta do que o normal, minha avó ainda muito abalada com tudo falava sem para mas dona maria apenas dava respostas curtas e frias e eu observava tudo calada minha avó não percebia o quanto estranha estava a dona Maria, e ela mal sabia que eu tinha ouvido toda a conversa com o coronel e aquelas palavras não saiam de minha cabeça " seu pior segredo " , me perguntava o tempo todo o que seria esse segredo tão horrível que fez o coronel Ernesto recuar
O dia foi passando rápido de mais, e no entardecer a casa Já estava toda arrumada como se nada tivesse acontecido ali.
Minha avó me fez perguntas o dia todo o porque de eu não estar na cama, onde eu e o Henrique havia se escondido e para onde Dante estava levando o Henrique. Bom só não mentir na última pergunta, eu realmente não sabia onde eles estavam. Mas como eu queria saber como eu queria ter ido junto, deitada na minha cama olhava o teto tentando imaginar onde eles estavam, porque do Dante esconde tantos segredos mesmo tendo tão pouca idade. Como a minha vida havia mudado em poucos meses. Minha avó entrar no quarto e eu a fico observando- Você não está me contando tudo, esta Rose ? - Engulo seco com aquela pergunta e decido buscar algumas informações.
-Não estou vovó. Hoje mais cedo a senhora me perguntou onde eu estava escondida. Pois bem eu e o Henrique estávamos no celeiro.
- no celeiro? Mas onde ? Eles reviraram tudo lá.Chegou mais perto dela e sussurro em seu ouvido onde eu estava de fato, e digo mais, que ouvi a conversa que a Dona Maria e o coronel tiveram. Minha avó perde o prumo e a cor e tenta desviar o foco de nossa conversa.
- Vovó a senhora não está me contanto tudo, está? - ela me olha e respira fundo. E eu sinto que ela vai me contar algo terrível.
- Rose, minha neta querida. Nesse cabaré as paredes tem ouvidos e bocas. Eu vivi aqui durante anos e sei de muitas coisas terríveis. - Ela fala tão baixinho e com a voz tristonha, ela me olha nos olhos e tira um mecha de cabelo do meu rosto e coloca atraz de minha orelha.
- E a senhora sabe que segredo seria esse?
- Sei minha neta. - Ela exita em falar. E a minha curiosidade só aumenta ainda mais.
- Minha avó, Henrique corre perigo a senhora tem que me dizer.
- Se você souber pode correr perigo também.Solto um longo suspiro. Ela não vai me falar mais nada aquela noite, pois sinto seu medo e sua angústia. Apenas abraço forte e minha avó e digo que deveríamos ir dormir. Pois também estava muito cansada e toda aquela conversa acabou me deixando ainda mais esgotada, aquela noite foi difícil os pesadelos voltaram. Acordo e parece que não dormir nada, minha noite foi bastante longa e conturbada com vários pesadelos e vultos de pessoas segredos e vozes repetindo e repetindo 'seu pior segredo a cidade toda vai saber ' . Como isso poderia estár me afetando tanto.
Levanto desanimada e faço toda minha rotina habitual de manhã. Após arruma a cozinha do café da manhã não volto para meu quarto como de costume, em vez disto entro no quarto dos meninos e sem saber direito o que procurar vou mexendo nos poucos pertences do Henrique, ele não levou muita coisa daqui apenas roupas e deixou algumas, e dois papéis, duas cartas na verdade e ambas do Danilo. Uma havia palavras singelas e bonitas e a outra era a carta de despedida com palavras curtas frias e cruéis de mais. Fiquei olhando aquelas cartas tão diferente e pensando como poderia a mesma pessoa ter as escrito."Querido, Henrique.
Hoje pela manhã acordei e vi um passarinho cantando em minha janela. Me lembrei de você imediatamente, como eu gostaria de tê-lo em minha companhia para apreciar as pequenas coisas da vida. Sigo esperando por esse dia que poderemos viver em paz e que o mundo seja um lugar melhor..
Saiba que te gosto muito.
Seu Danilo."
"Henrique!
Você foi o pior dos meus erros, como eu queria voltar no tempo e ajudar o teu pai a te punir naquela tarde. Depois daquele dia a minha vida se tornou um inferno. Me esqueça eu preciso construir a minha vida loge de você.
Adeus.
Danilo."Por mais que letra seja igual eu não acreditava que era a mesma pessoa que as escrevia. Pois não fazia sentido, como sentimentos mudariam em poucas semanas.
Guardei aqueles dois papéis comigo, e sair do quarto indo para o meu. A casa estava um silêncio e eu consegui dormir um pouco.
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Destinos Cruzados: A História De Rose.
Roman d'amourNo início do século 19, a vida de 4 jovens se cruzavam em uma sina de amores, dramas, desilusões e uma amizade verdadeira. Tudo começou quando Henrique Dias contempla seus 18 anos, incompreendido pelo seu pai e pelo machismo da época se via obrigado...