Na quinta feira a tarde me encontrei com ele. E estava decidido a contar sobre meus sentimentos e que eu não poderia seguir viagem ao seu lado sem antes revelar toda a verdade.- Então amanhã cedo iremos embora?
- Sim, Danilo.Acertamos todos os detalhes e quando ele estava preste a ir embora, reuni toda coragem que tinha dentro de mim e segurei a sua mão.
- É é ... eu preciso te contar uma coisa antes.
Ele olhou primeiro para nossas mãos e depois olhou direto para mim, em meus olhos. Respirei fundo e falei sem pausas.
- Danilo, eu ... eu err . Danilo, eu sempre me senti diferente dos outros garotos eu nunca senti atração por mulheres e eu nunca senti nada por ninguém até te conhece eu acho isso tudo estranho sim mas eu sei que é verdade e eu gosto muito muito de você e não é só como amigo mas é uma atração física.
Quando parei para respira, ele segurou mas firme a minha mão me olhou no fundo dos meus olhos. Me encostou na parede e selou meus lábios com um beijo. Naquele momento o mundo parou e eu senti um desejo crescer dentro de mim, um mix de desejo e medo. Assim que ele se separou de mim sussurrou em meu ouvido. " Te espero amanhã. " e saiu correndo.
Eu fiquei ali encostado na parede, com o coração a mil e a cabeça rodando. Meu primeiro beijo. Quando me recuperei subi correndo para meu quarto, entrei e me tranquei como de costume. Estava tão feliz, amanhã seria um dia novo e que a essa hora eu estaria longe de todo esse inferno que é a minha vida.O DIA SEGUINTE.
Não era nem 5 horas da manhã ainda eu já estava de pé,. Como a minha mala já estava pronta só tive o trabalho para fazer toda minha higiene pessoal, eu desci sem fazer barulhos e na mesa da cozinha tinha um pedaço de bolo e um bilhete.
"Seja feliz meus doce menino ruivo. Ps: dona Lurdes. "
Fiquei emocionado, como sentirei saudades dela. Peguei meu bolo e sai pela porta da cozinha rumo a minha nova vida. Como combinado íamos nos encontramos na estação, o primeiro Trem ia sair as 7 horas da manhã para a cidade do Rio de Janeiro. Fui andando o mais rápido que conseguir, o dia ainda estava escuro, mas uma luz se apontava no horizonte e aquelas ruas vazias me davam um calafrio, sentia uma sensação ruim como se estivesse sendo observado. Apertei mais o passo e estava quase correndo. Deveria ser só minha ansiedade mesmo. Cheguei primeiro a estação de trem, e la estava aquela máquina gigantesca parada só esperando para me levar para longe daqui. Ali também está vazio. Me sentei em um dos banco e fiquei esperando ele chegar.
As horas se passaram, e algumas pessoas apareceram mas ainda nada dele. Ja estava surtando, olhava para todos os lados e nenhum rosto era familiar, um aperto em meu peito ia crescendo cada vez mais, a estação ia se enchendo de pessoas aos pouco e faltava menos de uma horas para o trem partir.
" Ele não vai vim, ele desistiu, eu vou sozinho esse era meu objetivo desde sempre, né?"
Minha cabeça rodava, mil e um pensamento se passavam por ela. Resolvi da uma volta para ver se o encontrava.
E o meu mundo parou quando os nosso olhares se cruzaram e o vi ali parado, me olhava com aquele olhar de ódio e uma expressão séria. Gaguejei baixo só para mim.- pa..paii !
A única coisa que se passou pela minha cabeça era correr o mais rápido que eu conseguisse. Soltei minha mala e saí correndo entre as pessoas que ali estavam, ele gritou meu nome e ordenou que eu parasse. Estava em desespero e fui correndo sem rumo saindo da estação e segui pelas ruas, eu sabia que ele estava atraz de mim ele e seu fiel capanga Ulisses.
Entrei por ruas que nem eu mesmo sabia que exisitam ali, passei por uma praça que ainda estava vazia, e segui rumo a uma estrada correndo o mais rápido possível conseguindo fugir daqueles dois. Entrei por uma mata e fui sem rumo até que já estava sem fôlego e cansado de mais me sentei no chao encostando em uma árvore e respirava com dificuldade. E rezei baixo para que eles não me encontrassem,.pois saberia que seria meu fim.
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Destinos Cruzados: A História De Rose.
RomantizmNo início do século 19, a vida de 4 jovens se cruzavam em uma sina de amores, dramas, desilusões e uma amizade verdadeira. Tudo começou quando Henrique Dias contempla seus 18 anos, incompreendido pelo seu pai e pelo machismo da época se via obrigado...