Capítulo 02 DEGUSTAÇÃO

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— Eu sinto muito por te dar uma notícia como essa, Valérie, acho que você ainda não entendeu a gravidade da sua situação

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— Eu sinto muito por te dar uma notícia como essa, Valérie, acho que você ainda não entendeu a gravidade da sua situação... Você quebrou a sua espinha, quebrou o fêmur e isso não vai te permitir dançar outra vez, pelo menos não como você está acostumada a fazer. Como eu posso dizer isso de uma maneira mais sútil...? Você vai poder dançar, desde que seja em uma cadeira de rodas e nós vamos te oferecer todas as terapias...

— Cadeira de rodas...? Como assim cadeira de rodas...? Eu não vou andar mais? É isso...? Eu fiquei paraplégica...? Não! Isso não é possível, eu só tenho dezessete anos, não posso parar a minha vida agora porque eu tenho uma carreira para seguir, eu prometi isso aos meus pais e ao meu melhor amigo Kenji... Eu não posso ficar paraplégica! Não posso! Vocês precisam me ajudar? Não tem como fazer um transplante ou algo do tipo? Eu não posso ficar em uma cadeira de rodas... Meu Deus eu não posso! Eu não posso! Não posso...! Papai...? Papai me ajuda? Me ajuda por favor...? Me ajuda, papai? Me tira daqui! Me tira daqui, papai? Eu quero sair daqui! — Tento mais uma vez me sentar aos prantos, nervosa e alterada, mas novamente eles não permitem.

Me desespero e grito apavorada com a ideia de não poder mais andar, isso não pode estar acontecendo comigo, não pode.

— Fica calma, filha? Por favor, querida...? Está me doendo muito te ver assim, eu não vou aguentar, Valérie... Filha! Minha filha! — Papai se desespera do outro lado da cama tentando me puxar para os seus braços.

Ele é contido pelos médicos e vejo aplicarem uma injeção nele, por focar a minha atenção e o meu desespero em tentar sair da cama, não vejo quando sou sedada e aos poucos sinto o meu corpo mole, totalmente sem forças. Eu apenas choro chamando pelo meu pai. Ergo a mão para tentar alcançá-lo, no entanto, sou impedida pelos médicos me segurando.

Ouço o som dos monitores apitando freneticamente, vozes vindo de todos os lados e aquela sensação de estar caindo em um precipício, eu apago em poucos segundos pensando estar me entregando a morte, e não é isso que eu quero, eu quero viver, eu preciso viver.

A minha vida está acabada, destruída como nunca poderia imaginar um dia, o que vou fazer em uma cadeira de rodas dependendo das pessoas? Como vou conseguir aceitar algo assim? O que vai ser de mim, meu Deus? Não foi isso que imaginei para o meu futuro.

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