Capítulo 03 DEGUSTAÇÃO

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ONZE ANOS DEPOIS... Dias atuais...

— Amor, eu não vou poder entrar com você, estou muito atrasado para o trabalho. Se eu não estiver muito cansado vou te ver mais tarde, está bem? — Hugo me põe na cadeira após me tirar do carro, me dá um beijo casto e entra novamente no mesmo.

Não tenho nem tempo para concordar ou contestar alguma coisa, ele simplesmente me deixa aqui na calçada e sai.

— Hugo? Que babaca! Podia pelo menos ter me ajudado a entrar no prédio, antes de sair correndo feito um fugitivo. — Resmungo indignada.

Hugo não é o primeiro, nem o segundo e nem o terceiro namorado que arrumo e que me trata com indiferença, e já vi que não será o último a não se importar com as minhas necessidades e limitações. Não o amo tanto o quanto deixo transparecer, acho que estou com ele por carência mesmo, pois não consigo mais acreditar no amor, nem sei se algum dia fui amada de verdade, ainda mais nessas condições.

Suspiro frustrada como de costume, ninguém se importa comigo mais do que meu pai e os meus melhores amigos, tenho o amor e o carinho deles e isso devia me bastar, no entanto, eu queria ser importante para alguém mais, queria ser desejada, amada, porém, essa cadeira de rodas ofusca quem eu sou de verdade, e eu sou apenas uma mulher que quer amar e ser amada, eu só quero que alguém me faça feliz, mas as vezes penso estar querendo demais pois isso nunca acontece.

Empurro a cadeira pela calçada e tento acessar a entrada do prédio, mas a porta é estreita demais e a minha cadeira não passa por ela. Tento me aproximar da porta giratória e o segurança sai com um olhar sério.

— Me desculpe, senhora, mas a sua cadeira não vai passar por essa porta, isso seria impossível. — O homem sorrir debochadamente.

— Ok! Isso eu também já entendi, mas me explica uma coisa, Sr. Olivares? — Leio o seu nome no seu uniforme. — Porque você tem vagas de estacionamento para cadeirante mas a porta de, entrada não passa uma cadeira de rodas? — Questiono com uma sobrancelha erguida, seu sorriso desaparece.

— Essas vagas são para funcionários e eles entram pela porta de acesso na rua lateral, a entrada social é apenas para os arquitetos e os clientes. — Explica de nariz em pé.

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