Em busca da verdade-Chase Hudson

Sessenta e nove.

Emy Rossi: 

Pela primeira em anos sinto o clima do natal apesar da mesa faltar pessoas, pela primeira vez eu sinto esperança. 

Essas pessoas que estão aqui são a minha esperança, ninguém soltou a mão de ninguém isso parece ser ironia já que Chase soltou a nossa mão entretanto ele salvou a vida de Maya no dia que  perdemos Michael. Logan me contou que enquanto estava com Michael, Maya foi cercada Chase salvou a vida dela. 

Essas pessoas faz parte da minha vida isso não quer dizer que esqueci do Michael ou do meu pai jamais vou esquecer eles, mas eu sei que ficar vivendo no passado eternizando minha dor não vai me ajudar, isso vai me destruir é por isso que memórias dói pois pode passar anos elas estão ali tenho que aprender a lidar com isso.

Tive uma boa noite estou no terraço sentada no chão com uma cerveja pela metade o céu esta lindo. Tem tantas estrelas...

Sinto a presença de mais alguém e pelos passos lentos imagino ser Chase, levo minha cerveja na boca olhando para o céu.

-Eu sei que você esta ai invenção do capeta. -Falo com um sorriso no lábio já que ele não pode me ver.

-Dizem que o Diabo era poderoso e belo. -Retruca se sentando ao meu lado. -Você me acha belo? -Seu pequeno sorriso me faz querer rir. 

Idiota. 

-Cala boca. -Falo dando um soquinho em seu braço. -Como foi o seu primeiro natal? -Pergunto bebendo novamente minha cerveja. 

-Mágico. -Responde rindo. -Como no conto de fadas. 

-Falta o papel noel em um trenó. -Respondo rindo. 

Chase abre um sorriso largo pegando minha cerveja bebendo. 

-Como foi o seu natal?- Seus olhos voltam a me olhar e toda a sensação de calafrios percorre meu corpo. 

-Foi bom. -Respondo em um sorriso fraco. -Fazia muito tempo que não me divertia assim. É o meu segundo natal favorito. 

-Qual seria o primeiro? -Sinto frio na barriga com essa pergunta pois sei que lembrar daquele natal vai deixar meu coração aos pedaços. 

-Quando eu levei Tom para casa, foi o primeiro natal dele em família, a mesa estava completa tinha comida, música, meu pai Zack, Michael naquela época todos que eu amava estava ali. Foi o melhor natal que eu já tive. -Um sorriso gigante surge em meu lábio. 

-Por que você ficou com o Tom? -É engraçado ele perguntar do Tom sendo que ele é o Tom.

Pego novamente a cerveja de sua mão bebendo o restante, deixo a garrafa vazia do meu lado.

-Porque eu o amava. - Meu coração se acelera esta sendo a primeira vez que falo disso. 

Eu me afogo todos os dias com tudo que guardo para eu mesma. 

- Não o ama mais? - Mordo o canto da minha bochecha puxando o ar. O olhar de Chase me lembra do passado, eu quero superar meu passado, mas isso é impossível com ele por perto. Pois toda vez que eu acho que estou superando o que a gente já foi ele aparece e tem atitudes do passado, o seu carinho, o seu olhar sincero e o seu sarcasmo. 

- Tem amores que não pode se viver. Eu amei Tom enquanto estava com ele, amei cada momento, mas agora... Eu preciso dele longe de mim. Tom é um estranho agora, aquilo jamais vai voltar, estamos em rumos diferentes Chase, o amor destruiu meu sobrenome e eu preciso ser racional. -Olho de canto para Chase me assustando pelo seu olhar, coço meus olhos voltando a olhar para ele.