Se pudéssemos descrever, você estaria em um campo florido.
Grandes planícies que se estendem para todos os lados, quilômetros de distância. As subidas e descidas lembram as ondas em um mar aberto, no entanto, és verde e colorido. As flores todas balançam conforme o vento percorre pela planície e o aroma doce inunda seus sentidos.
Você não se vê, pois não está ali.
O que vê, tal como é, te lembra um drone, pois agora estás voando por cima do gramado e por toda aquela planície. Se o foco era no solo e terreno, agora não mais.
Sua visão é mergulhada com tons de azul, roxo e lilás – pois, agora estás vendo o céu, magnífico e infinito.
Voa pelo céu com o horizonte mais à frente.
Quanto tempo estás voando e não vê nada além de morros cobertos de flores e o céu azulado? Já não és mais dia. A noite estrelada cobre todo o céu e o movimento para. Você não está mais voando, porém, ainda está acima do chão.
Encara a paisagem como a de um quadro, repleto de cores e fantasia. Então... Tudo se quebra, como se encarasse um espelho e seu reflexo. As rachaduras mostram-te o fundo desta "pintura", um breu absoluto, o nada.
Pouco a pouco, pedaços da sua realidade se destroem.
Você perde seus sentidos.
Ariel recobra os sentidos.
— O que foi isso? — disse ainda sonolento enquanto abria lentamente os olhos.
Tentou se espreguiçar, porém, algo estava sobre seu corpo. O garoto tinha dormido de lado quando despertou e por isso teve que se ajustar para voltar a se sentar. À medida que voltava a si, começava a se lembrar do que tinha passado na noite anterior.
Colocava as mãos no rosto e fechava os olhos. Inspirava profundamente.
— Então foi tudo um pesadelo? — Tentou se levantar. Porém, algo o impediu. — O que é isso?
Removeu sua coberta e viu a mesma garota do seu "pesadelo". Ela ainda estava nua, assim como ele, e agora estava deitada, agarrada em sua cintura. Ariel sentiu-se um certo arrepio, pois começou a ter aquelas mesmas sensações loucas de antes.
— Isso não foi um pesadelo? Mas... — Ele ficou em silêncio, olhou para todos os lados, era seu quarto, sem dúvidas. — Ei, você, acorde!
— Hmmm, me deixe dormir mais um pouco, hoje não tem aula — disse a garota enquanto apertava-o e esfregava seu rosto em seu abdômen igual a um gato.
— É isso que você está se preocupando agora? — perguntou Ariel tentando manter a calma.
Ela abriu os olhos e virou de um lado para outro, fazendo com que a ponta do nariz encostasse em suas costelas. Ariel soltou um grito surpreso.
— Haha, Bom dia Ariel — afirmou enquanto olhava para cima, desgrudando o rosto do seu corpo.
Ele estava respirando com certas dificuldades, pois ao mesmo tempo que não queria gritar, estava começando a perder controle do seu "garoto". A garota por outro lado, ainda estava o segurando pela cintura e tinha seus seios pressionados contra seu corpo.
— Bom... bom dia? — disse olhando para o lado.
— Por que esse nervosismo todo?
— Por quê? Você está nua! — comentou nervoso.
— Ué, você também, então estamos quites. — A garota afirmou e voltou a deitar sobre ele.
— Esse não é o problema aqui.
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Eu e Eu Mesmo e um Mundo Diferente
FantasyEssa história conta as aventuras de Ariel, um simples garoto da cidade grande, amante de jogos de Realidade Virtual e aficionado pelo corpo feminino. No entanto, não estamos mais na cidade, nem no planeta conhecido como Terra. Também não é um jogo...