Ingrato
A vida ao seu lado
E você, ápodo
Girino estúpido
Esquece que logo saltará
Para o anonimato
Um sapo qualquer
Alma cinza
Borboleta sem luz
Não voa, esmorece
Mariposa eterna
Eternidade de um dia
Vive intensamente
Mas em uma rotação da Terra
Se esvai. Ninguém nota
Mente destruída
Ruína em forma de lápide
Detento com a cela aberta
Basta fugir, covarde
Mariposamente fuja
Não dependa do sol
Como sua prima borboleta
O sol não voltará