Capítulo 1.

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Não consigo acreditar, último dia de verão de 1984, passou tão rápido, logo agora que estava me acostumando com as férias elas acabaram, bom, felizmente é o último ano e enfim estarei livre daquele hospício que as pessoas apelidaram de ensino médio

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Não consigo acreditar, último dia de verão de 1984, passou tão rápido, logo agora que estava me acostumando com as férias elas acabaram, bom, felizmente é o último ano e enfim estarei livre daquele hospício que as pessoas apelidaram de ensino médio.

Sou interrompida de meus pensamentos quando uma almofada atinge meu rosto com força, levanto rapidamente a cabeça do encosto do sofá onde eu estava deitada e olho para e direção de onde ela parecia ter vindo, é claro, não poderia ter sido outra pessoa, meu irmão, Mike, está parado no corredor a uma curta distância, me encarando sério.

— Estou te chamando faz meia hora, achei que estivesse morta, anda logo, hoje é o seu dia de tirar o lixo — ele fala em um tom autoritário.

— oh, não me diga? — falo com desdém e volto a relaxar no sofá de barriga para cima.

— Madelyn, você teve o dia todo para fazer isso, já são 6h da tarde, vai logo levar o lixo para fora sua inútil, a mamãe já deve estar chegando.

Ele me chamou de quê? Levanto em silêncio e paro bem de frente para ele — escuta aqui seu idiota, eu vou, mas não porque você mandou, é só porque a mamãe vai chegar logo e vai ficar uma fera se eu não tiver tirado... e o único inútil nessa casa é você! — ele revira os olhos e vai em direção ao quarto.

Vou até a lixeira da cozinha, pego o saco de lixo, amarro, depois sigo em direção ao banheiro e faço o mesmo, saio do banheiro, caminho até a porta, abro e desço as escadas.

Assim que chego ao fim da escada, vejo Mary sentada em uma cadeira de praia, de frente para piscina, jogando caça-palavras no jornal.

— Oi, Dona Mary, tudo bem? — me abaixo e faço carinho no cachorrinho dela, que está deitado debaixo da cadeira onde ela está sentada — Oi, amigão, tudo bem? — falo com uma voz brincalhona.

— Bem? Hã, bem pra quem? — ela diz sem tirar os olhos do jornal. Mary é uma das moradoras mais antigas aqui do South Seas, é uma boa pessoa apesar de ter um parafuso a menos e as vezes ser meio rabugenta, mas acredito que seja a idade.

Solto uma risada nasalar fraca e balanço a cabeça em negação — a senhora, está lembrando de pôr água para ele? Digo me referindo ao cachorrinho, acho que o nome dele é Buddy.

Ela balança a cabeça em afirmação, ainda concentrada no caça-palavras, acho que ela nem ouviu o que falei e só concordou para encerrar o assunto, sei que não é sempre que ela lembra de pôr água para o Buddy, então eu mesma faço sempre que percebo o pote vazio.

Vou em direção as caçambas e Jogo o lixo, mas quando volto vejo uma moça que nunca havia visto antes se aproximando de Mary com um sorriso simpático.

— Olá, tudo bem? Eu me chamo Lucille Larusso, sou a nova moradora do apartamento 20, ele fica deste lado, certo?

A Mary ignora a moça, então eu rapidamente me aproximo — Oi, tudo bem, eu me chamo Madelyn, mas pode me chamar só de Mady — digo com um sorriso receptivo — Sim, o apartamento 20 fica logo Ali no final da escada, pelo visto você será a minha vizinha, sou do apartamento 19, prazer Sra. Larusso, qualquer coisa é só chamar, também tem um zelador bem ali — digo apontando com o indicador para a oficina do Sr. Miyagi — ele é quem conserta as coisas por aqui.

𝙋𝙪𝙥𝙥𝙮 𝙇𝙤𝙫𝙚 - Daniel Larusso Onde histórias criam vida. Descubra agora