Capítulo 3 (prt.1/2)

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Ainda deitada e com os olhos fechados, ouço sons chiados e vozes que pareciam distantes e abafadas, mas a medida que fui acordando os sons começaram a ficar mais nítidos, então lentamente abro um olho, mas o fecho rapidamente assim que a claridade...

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Ainda deitada e com os olhos fechados, ouço sons chiados e vozes que pareciam distantes e abafadas, mas a medida que fui acordando os sons começaram a ficar mais nítidos, então lentamente abro um olho, mas o fecho rapidamente assim que a claridade da janela bate em meu olho, imediatamente cubro o rosto com o travesseiro e bufo.

Parece que acordei mais cansada do que quando deitei noite passada, nem queria levantar da cama hoje, mas não posso faltar o primeiro dia de aula.

Então de uma vez por todas levanto da cama. Mas levantei tão rápido que a minha pressão caiu no mesmo instante em que pus os pés no chão, levo a mão a cabeça e tento me equilibrar.

— Hora de acor- ... nossa, você está parecendo uma figurante do Thriller. — Meu irmão fala rindo enquanto entra no nosso quarto e se joga na cama dele.

Eu poderia retrucar, mas estou sem energia para isso agora, preciso ficar calada até meu espírito voltar para o corpo, e eu provavelmente estou parecendo uma morta viva mesmo.

Passo direto por ele o ignorando completamente, entro no banheiro, escovo os dentes e tomo um banho frio para tentar acordar.

Volto para o quarto já vestida e com o cabelo penteado, começo a arrumar minha mochila, calço meus tênis e vou direto para cozinha preparar algo para comer antes de sair.

— Oi. — Minha mãe diz simples enquanto toma uma xícara de café escorada no balcão. Nós duas não temos uma boa relação, quer dizer, hoje em dia até que não é tão ruim, ela fica na dela e eu na minha, mal trocamos palavras, só falamos o necessário e ponto.

Eu apenas a comprimento com a cabeça e abro a geladeira.

— Droga! O Mike tomou todo o leite e deixou a garrafa vazia aqui dentro. — Viro e mostro a garrafa vazia para minha mãe esperando que ela diga algo, mas ela apenas dá de ombros e saí da cozinha.

Desisto de comer e volto para o quarto para pegar a mochila e checar se não esqueci nada. Olho no relógio da cômoda e ainda não está na hora, então sento na cama e espero dar o horário.

[...]

— Oi, o que você ainda está fazendo aqui? O primeiro dia foi cancelado?

Acordo do transe e vejo meu tio parado na porta me olhando, acho que não vi a hora passar.

Levanto de presa. — Tio! Você está aqui a quanto tempo? — Pergunto assustada.

— Acabei de chegar, mas acho melhor você correr, está um pouco atrasada. — Ele fala calmo.

Eu nem espero ele terminar de falar e saio correndo.

— Mady, você não está esquecendo nada? — Paro e espero que ele diga o que é.

— A sua mochila Mady, você esqueceu a mochila. — Ele leva a mochila até mim.

— Ah, é claro, obrigada, tio. — Dou um beijo nele, saio correndo e pego a minha bicicleta.

[...]

Tranco a bicicleta e entro na escola, os corredores estão vazios, então desacelero o passo, fecho os olhos rezando para conseguir um passe para entrar na primeira aula. Guardo algumas coisas no meu armário e pego um papel com as aulas que tenho hoje.

Sinto um calafrio estranho como se tivesse alguém me observando, fico imóvel alguns segundos ainda olhando para o papel, mas ignoro a sensação de não estar sozinha, largo o papel e fecho a porta do armário.

— JESUS! — Ponho a mão no peito levemente espantada ao dar de cara com coordenadora da escola me olhando.

— Srt. Dolittle, você quase me matou de susto. — Dou um sorriso sem graça e solto o ar que nem sabia que estava prendendo. — Eu não vi a senhora chegado.

— Madelyn Miller... atrasada, como sempre, vamos lá, qual será a desculpa da vez? Estou curiosa. — Ela diz séria e ajeita o óculos.

— Bom... sem desculpas dessa vez, você me pegou, me rendo. — Sorrio, junto os pulsos e estico os braços na frente dela.

— Hmm... — Ela respira fundo. — Dessa vez, mas só dessa vez, vou deixar passar.

— Sem advertências?! — Pergunto surpresa.

— Sem advertências, mas... nada é de graça, preciso de um favor.

Claro que sempre tem um "mas"

— Chegou um aluno novo hoje e como nenhuma de nossas representantes de classe estão presentes, é você quem vai apresentar a escola para ele, sei que conhece a escola muito bem, então não será uma tarefa difícil para você, não é? Você ainda lembra quando a escola foi apresentada a você?

— Eu mesma faria isso, mas estou cheia de coisas para fazer e por acaso do destino você chegou no momento certo e conveniente.

Solto um suspiro de tédio e relaxo o corpo. — Ok, onde ele está? — Dou um sorriso falso sem mostrar os dentes.

— Está na secretária, vou chamá-lo, me espere lá na entrada.

— Tudo bem.

continua...

𝙋𝙪𝙥𝙥𝙮 𝙇𝙤𝙫𝙚 - Daniel Larusso Onde histórias criam vida. Descubra agora