Um Lugar Para Chamar De Lar

A Busca

Na manhã seguinte Marlon, Brody, Clementine, AJ, Violet e Louis saíram bem cedo para ir até o local onde os sequestradores estavam no dia anterior. Clementine não gostava da ideia de que AJ fosse junto com eles na investigação, mas o garoto insistia tanto que ela deixara ir junto e pensou, "por que não"? O garotinho precisava entender como funcionava as coisas e aprender a lidar com as situações naquele mundo tão diferente do que costumava ser antes.

Lá estavam Marlon e Louis indo na frente conversando descontraídos quase que a metade do caminho. No meio da conversa Marlon parecia um tanto perdido em seus próprios pensamentos, claramente estava preocupado, Louis notou isso, afinal de contas ele é seu melhor amigo desde criança, então já tinha um palpite sobre o que incomodava Marlon, porém preferiu não falar nada, achava melhor não se meter com algo tão sério daquele nível. Brody ficava logo atrás dos dois rapazes, não falava nenhuma palavra o caminho todo. AJ perambulava descontraído, brincando com o tambor de sua pistola como sempre fazia, quando Clementine se dava conta, o garoto ficava para trás, assim que percebia no instante ela o chamava e o mesmo ia onde os olhos da morena pudessem o ver. Violet andava ao lado de Clememetine pensativa, não trocava nenhuma palavra ao longo do caminho.

– Ainda sobre a... Brody? – Perguntava baixinho, sem tirar os olhos da frente e Vi encarava Brody.

– É sim, não é a primeira vez que eu e ela tivemos uma discussão desse tipo. Sempre fui contra a liderança do Marlon, eu e algumas pessoas no colégio. É complicado como as coisas andam com ele na liderança, se eu fosse uma líder eu faria tudo diferente, entende? – A morena permanecia inquieta.

Claro que ela entendia, já tinha passado por essa experiência uma ou três vezes, da última vez as coisas de fato saíram fora do controle, mas no final acabou meio que tendo um resultado positivo. E se tiverem sorte, vai que dessa vez não fosse diferente, eles só precisavam ter um planejamento.

– Entendo sim – Logo a morena se fechava com um semblante sério e não dava para a ignorar.

– Oh, não queria te fazer lembrar de... Você pareceu se lembrar de algo aí dentro, não é? Foi mal de novo, eu só... Nada, deixa pra lá.

– Não, tudo bem. Só lembrei de um momento revoltante aí na minha vida que eu tive que passar – Era uma coisa que só ela sabia como se sentia, coisa que Violet e nenhum dos seus companheiros nunca entenderiam, talvez só passando por isso algum dia mesmo – Tudo pode acontecer daqui em diante, não temos como saber né.

– Ei? Vai dá tudo certo, só basta ter pelo menos um pouco de fé e esperança... – Clementine olhava para Violet meio surpresa com o que ela tinha acabado de dizer, nunca tinha visto Vi falar daquele jeito antes, a mesma olhava para Clem de volta – Acredite eu também não sei de onde tiro essas coisas.

– Pois é. Enfim, eu só estou sendo realista – Deu de ombros.

– Bom, espero que esteja certa.

– Também espero...

Finalmente chegavam no local, tudo estava calmo aparentemente, nem parecia que alguém havia sido espancado e sequestrado ali antes. Eles não trocavam uma só palavra, só podia se ouvir seus passos. Aquela é a parte mais sombria da floresta, segundo Marlon, eles nunca e nem se atreviam à ultrapassar a zona segura, por essas banda não se passavam ninguém por lá, bom era o que eles achavam até o dia de ontem. Todos contribuíram para ajudar a buscar alguma pista, qualquer coisa que ajudasse eles a descobrirem sobre aquele grupo.