49°>A afronta

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"Um, dois, três, quatro, diga que me ama mais.
Longas noites sem dormir,
Foi pra isso que minha juventude foi feita.
Velhas esperanças juvenis estão à sua porta,
Te deixaram sem nada, mas eles querem mais.
Doce coração, amargo coração,
Agora não posso lhe dizer a diferença.
Confortável e frio, pôs o cavalo antes da charrete.
Aquelas esperanças juvenis trouxeram lágrimas aos seus olhos,
Assustada demais para viver por uma mentira.
Um, dois, três, quatro, cinco, seis, nove, dez,
O dinheiro não pode lhe comprar de volta o amor que você teve.
Você está mudando seu coração,
Você sabe quem era antes dos garotos,
Eles estão partindo seu coração."


1, 2, 3, 4 – Feist

~*~
E

ra um filme com excessivas cenas de violência, particularmente não gostava nada desse gênero, mas tentei ver o lado positivo e procurei me focar na história fingindo que o enredo não era nada além de ridículo. Jacob estava claramente se divertindo, rindo com as cenas de ação forçada, porém depois do custoso início Michael não dissera mais nenhuma palavra, estava muito quieto e eu o olhei de esgoela percebendo que parecia mal.
– Você está bem?
Ele balançou vagarosamente a cabeça indicando que evitava fazer movimentos bruscos, ou seja, não se sentia bem, mas não queria demonstrar. Quando fiz menção de lhe tocar ele se levantou e pediu licença saindo às pressas da sala.
– Bem, já estava na hora – zombou Jacob.
– Está doente. Acho melhor ir atrás dele.
– Tem certeza?
Olhei-o com seriedade e ele respirou fundo.
– Está bem, vamos.
Seguimos pelo corredor até o banheiro masculino e me custou muito para convencê-lo a entrar e ver como o outro estava, depois de poucos segundos voltou fazendo uma careta.
– Está muito bem vomitando na privada.
Suspirei.
– Eu sabia.
– O que é que ele tem?
– Virose gástrica. É contagioso, um colega nosso estava se queixando disto mais cedo na escola e está claro que Mike pegou.
– E você me mandou ir atrás dele sem nem sequer me avisar do perigo?
Cruzei os braços e o fitei de cara feia. Diante de minha irritação ele riu e ergueu as mãos como quem se rendia.
– Me desculpe.
– Sabe, nem mesmo você com toda sua força conseguiria ficar imune a isto.
– Tudo bem, você está certa. Bem, já que não podemos voltar para ver o final do filme ao menos vamos nos sentar, venha.
Como a sessão ainda estava em andamento não havia ninguém no corredor além de nós e ocupamos o único banco próximo à parede oposta.
– É, foi legal.
– Foi não foi? – Espelhei seu tom sarcástico.
Deu uma risadinha e então se mostrou sério.
– Não, de verdade, gostei de vir, sempre é bom passar tempo com você.
– Obrigada – murmurei. Depois ergui a cabeça tentando deixar o acanhamento de lado. – Com você também.
– Está melhor depois de ontem?
– Eu estou bem – falei baixinho.
– Sabe que se pudesse dar um jeito de evitar que você sofresse o faria sem pestanejar. Eu fico tão... Bravo, tão fora de mim quando penso que aquele imbecil a deixou sem qualquer explicação, a deixou assim...
– Machucada? – Ri sem humor. Sim ele deixou.
– Vai melhorar, você sabe que vai.
– Gosto de acreditar que sim.
– Não se preocupe Liese, eu estou aqui. Prometo sempre estar com você, já lhe disse isso uma vez, não vou te abandonar.
Uma promessa. Era uma promessa, teve o som e o sentimento de uma e fui transportada para dentro da floresta, para uma noite de chuva em que eu saíra de casa e inconsequentemente correra entre as árvores; Edward viera até mim e me beijara. ‘Eu vou cuidar de você sempre Liese. Jamais deixarei você!’

✓ | lost in twilight/twilightOnde histórias criam vida. Descubra agora