15°>Confiança

313 36 2
                                    

"Eu conheço coisas boas, e conheço as más também,Qualquer testemunha deste mundo pode dizer isto

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

"Eu conheço coisas boas, e conheço as más também,
Qualquer testemunha deste mundo pode dizer isto.
Se há tristeza, também há beleza e fé,
Então, verdadeiramente, se há luz eu quero ver
Agora que eu sei o que estou procurando.
Realmente, se há alegria eu quero sentir,
Aqui neste mundo é onde eu quero estar
Porque eu não posso mais chorar.
E há mágica agora,
Debaixo das árvores vermelhas de sangue todo o céu grita um mistério.
E se somos estranhos aqui desde o dia em que nascemos
Porque temer a liberdade se ela é sua?
Todo mundo está chamando, chamando pelo meu nome,
Todo mundo está dizendo que as coisas não serão mais as mesmas,
O céu está mostrando como tudo será,
Mas estou assustada e cansada de ser como eu sou."


Truly – Delerium feat. Nerina Pallot

~*~
E

stava se tornando um hábito que eu dirigisse com a cabeça nas nuvens, eu tinha sorte do caminho ser sempre curto e pouco movimentado, pois se exigisse mais de minha atenção acidentes poderiam acontecer. A chuva não dera pausa e novamente tive de correr pelo pequeno trajeto do gramado até a porta da frente, mantive os livros protegidos dentro da grossa capa de chuva, satisfeita por ter deixado a vaidade de lado uma vez e tê-la usado.
Adentrei o hall e me despi da capa, pendurei no gancho perto da porta e também tirei as botas, sem querer sujar de lama o interior da casa. Eu ainda não tomara banho e achei melhor fazê-lo já, assim poderia ficar aquecida e continuar os estudos de forma mais confortável. Deixei os livros na mesinha de centro da sala e fiz meu percurso até o andar de cima, eu lavara meus cabelos na véspera, mas a chuva sempre os deixava oleosos, eu passava a mão pelos fios desembaraçando-os e adentrei o cômodo de cabeça baixa. Um vulto anormal chamou minha atenção e ergui meu olhar, distraída. Então congelei no lugar fitando aqueles olhos que eu agora conhecia tão bem e não acreditando que estivesse vendo-os em meu quarto.
– Edward! Mas o que você está fazendo aqui?! – Esganicei-me.
Não era possível, quantos vampiros mais eu iria encontrar hoje? E dessa forma inesperada... Meu coração já estava tendo overdose de adrenalina.
– Não achei que seria aconselhável fazer uma visita formal, seus vizinhos iriam comentar e talvez o xerife não ficasse muito contente.
– Mesmo? E o que acha que ele vai dizer quando souber que um garoto esteve dentro de meu quarto esta tarde?
Ele sorriu sacudindo a cabeça devagar.
– E quem irá contar isto a ele? – Indagou, uma de suas grossas sobrancelhas levantada.
– Ah...
Era patético que eu ficasse sempre sem palavras na presença dele. Mas também não seria por menos, Edward parecia que gostava de me ver assim, não podia acreditar que ele fosse alheio ao poder que possuía. Eu me lembrei de que estava molhada e descabelada, com certeza em nada parecida com ele que por sinal estava muito bem vestido e perfeitamente apresentável com ênfase na palavra perfeito. Será que ele bagunçava aquele cabelo de propósito?
– Você está bem?
– C-Claro que estou. – Pigarreei e aprumei meus ombros tentando demonstrar firmeza. – Agora me explique, por favor, o que você faz aqui.
– Minha irmã. Sei que você a viu hoje. – Esclareceu, agora com ar sério.
Minha boca se abriu um pouco em surpresa, então ele já sabia? Poxa, mas também com esses dons dos Cullen ficava difícil esconder-lhes qualquer coisa, ao menos não fora eu quem lhe contara.
– Tudo bem, eu a vi. Acredito que não haja nada de errado nisso.
Não foi uma pergunta. Eu não quis fazer parecer que precisava de sua permissão, entretanto, eu sabia que a determinação de Edward conseguia facilmente mitigar a minha.

✓ | lost in twilight/twilightOnde histórias criam vida. Descubra agora