CAPÍTULO 18

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c a p í t u l o - d e z o i t o

Castiel ainda tinha em mente o olhar de Dean, algo que ainda não tinha visto antes naqueles olhos verdes: medo

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Castiel ainda tinha em mente o olhar de Dean, algo que ainda não tinha visto antes naqueles olhos verdes: medo. E se fosse analisar melhor, também encontraria raiva e culpa.

A noite com Dean havia sido incrível, cada toque, cada suspiro roubado, cada beijo molhado. Tudo se encaixava perfeitamente bem. Castiel não se sentia confortável com alguém a muito tempo, não daquela forma tão íntima. Tudo foi ótimo, e talvez o moreno se arrependesse de não ter aproveitado melhor o tempo, de não ter em mente um mapa de cada segundo, pois para eles o bom tempo parecia ser tomado pelo caos de forma muito rápida.

O olhar nos olhos de Dean quando soube que Bobby havia morrido iria para sempre ficar preso em sua memória. Olhos marejados e desolados, ainda assim frios e distantes.

— Dean, sinto muito – Castiel disse para ele, buscando confortá-lo.

— Se eu não estivesse tão distraído com... – Dean parou no meio da frase. Estavam no corredor do hospital, a sós. Porém, na outra sala, Dean podia ouvir o choro de Jo, pela janela podia ver o lacrimejar de Sam.

— Não tinha nada que você pudesse fazer por ele. – Disse Castiel, a voz firme enquanto segurava em Dean pela manga de sua jaqueta.

Dean suspirou, puxando o braço para si. Parecia estar prestes a explodir, e isso se refletiu no quadro da parede. Em uma descarga de raiva Dean socou o quadro, quebrando o vidro, ferindo a mão em punho. Castiel deu um passo para trás, não o impediria. Apenas observou enquanto ele se acalmava novamente e se virava para ele.

— Se eu não estivesse tão distraído pensando em foder com você, então talvez eu tivesse notado a porra da enfermeira! – O tom de voz elevado e forte fez Castiel se surpreender um pouco, mas ele não recuou ao ouvir tais palavras. Sentiu raiva.

— O que é você? A porra de um adolescente que não consegue pensar em duas coisas ao mesmo tempo?! – Cas se aproximou, fixando os olhos em Dean, acalmando a voz quando acrescentou: – Não tente me culpar por essa merda toda, Dean. Não haja como de não soubesse todo o perigo que cada um deles corre só por respirar perto de você.

Dean encarou aqueles olhos azuis de perto, em silêncio. Tentando assimilar a verdade dita de forma tão direto, Castiel estava certo afinal.

O moreno simplesmente saiu, pisando fundo pelo corredor gelado.

* * *

Todos já haviam ido embora, exceto Dean.

Ele continuava parado, no mesmo lugar onde estivera desde o início da cerimônia, calado e distante. Nem mesmo o chuvisco frio que lhe beijava o rosto fora capaz de o fazer sair de seu estado catatônico, nem mesmo havia notado quando as pessoas começaram a ir embora, ou quando o choro continuo de Jo se transformou apenas em um soluço, então desapareceu.

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