32. Menino ou Menina?

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~𝑫𝒊𝒂𝒏𝒂

"Essa é a queda que eu tenho por
você baby"

O caminho de volta é silencioso, as vezes comentávamos sobre algumas pessoas do baile e suas vestimentas, inclusive, metade do caminho o assunto foi o vestido amarelo de uma mulher, o cor não era só o problema, o que acontece foi que ele era brilhante e bem vivo, ficou parecendo um sol, nós rimos muito. Agora eu entendo quando dizem que homem é mais fofoqueiro que uma mulher, Atlas é um exemplo vivo, ele ama falar mal da vida das pessoas e eu acabo entrando na onda dele.

No meio do caminho me dei falta de Judith e Matias, não os vi mais na festa, Tayler e Aurora consegui ver, porém eles sumiram segundos depois, a última vez que os vi eles estavam subindoas escadas da enorme casa, tenho até medo do possivelmente eles foram foram fazer.

Atlas disse que sua cunhada não estava se sentindo muito bem, os pés dela estavam inchando. Esse é o lado ruim da gravidez, coitada. Minutos depois, finalmente chegamos em casa, eu não estou grávida, mas meus pés também parecem estar inchando por causa desse salto. Não estou acostumada.

Atlas abre a porta do carro para mim, e me estende a mão para me ajudar a descer. Como um bom cavalheiro. Saio na frente em direção a porta da casa, subo as poucas escadas que tem ali antes de entrar, então no último degrau meus pés vacilam por causa dos sapados e eu caio no chão. O que há de errado comigo? A gravidade deve me odiar.

- Figlio di puttana! - Xingo em italiano.

Sento-me no chão com uma expressão de dor misturada com ódio. Eu imaginei que isso uma hora aconteceria, parece que eu senti, nunca usei um salto na minha vida, o que eu estava esperando? Claro, que o universo virasse para mim e dicesse: "sim, sim, querida, todas as mulheres aprenderam a andar de salto em quarenta minutos, você não será diferente fique tranquila. Beijos do universo que te adora!" Otaria!

Pelo menos não passei essa vergonha na frente de uma mansão lotada de pessoas extremamente ricas e metidas. Puxo um pouco o vestido para ver a situação do meu pé ou tornozelo, ainda não sei o que machucou, minhas pernas ficam mais amostra já que a fenda do vestido subiu ainda mais, porque estou sentada no chão. Uma boa visão. Atlas vem na minha direção com o cenho franzido.

- Que merda você está fazendo aí no chão? - Não se engane, não estou te seduzindo com as minhas belas pernas.

- Eu gosto do seus azulejos, por isso estou sentada aqui. - Digo ironicamente, ele trava o maxilar. - Eu cai besta, será que não está óbvio?

- Mas de novo? - Ele brinca. - É a segunda vez só essa semana que você cai. Tua sorte foi que eu não vi, pelo contrário estaria rindo da sua cara.

- Obrigada pela ajuda e por perguntar se eu me machuquei, Atlas. Muito nobre da sua parte. - Reviro os olhos.

- Você está bem, donzela? - Ele pergunta, porém não senti verdade em suas medíocres palavras.

- Estou ótima. - Digo olhando para ele com ódio. - Obrigada por fingir que se importa.

Tento me levantar daquele chão frio, porque é humilhação de mais Atlas me ver daquele jeito e ainda zombar da minha cara, palhaço, mas uma dor muito forte me impede, meu ego é ferido por não conseguir fazer o que eu quero, sento-me no chão novamente resmungando de dor.

- Não parece que você está bem, Angel. - Ele comenta.

- Zombe mais da minha cara. É só isso que você sabe fazer mesmo. - Falo, só que agora bem chateada. Olho para meu pé direito, ele está vermelho e parece estar inchando.

Diana, A Dama De VermelhoOnde histórias criam vida. Descubra agora