⌖ Capítulo 4 ⌖

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Serkan Bolat

Eda Yildiz morde mais uma vez o lábio carnudo e eu perco o controle. Em um momento estou tentando sair da sua presença e no outro já estou agarrando e imprensando seu corpo entre o meu e a porta.

Minhas mãos apertam o seu quadril e eu sei que ela está sentindo o mesmo prazer que eu, já que inutilmente tenta abafar os gemidos que escapam da sua garganta.

Meu beijo é bruto e possessivo, e quando separo nossas bocas em busca de ar, as imagens de Eda com os lábios inchados, abertos e ofegante me fazem agarra-la novamente. Quando minha mão sobe até seu seio ela interrompe a carícia me empurrando para longe.

- Não! - Eda está vermelha, não sei se é de raiva ou vergonha, possivelmente sejam os dois - Você não tem o direito de me tocar.

Suspiro irritado e passo a mão pelos cabelos. O que foi que deu em mim?!

- Eu sei! - falo me aproximando e soltando a corda de seus pulsos - Isso não voltará a acontecer.

Assim que Eda está com as mãos livres, vejo seu punho cerrado vir em minha direção e por pouco consigo desviar de levar um soco certeiro no meu olho direito.

Vendo minha crescente irritação ela tenta se virar e fugir, mas sou mais rápido e prendo suas mãos a puxando e fazendo suas costas colidirem com meu peito. Ainda nessa posição caminho até a cama e a jogo de barriga para baixo no colchão.

- É melhor se acalmar tigresa - sussurro em seu ouvido, enquanto sinto o perfume delicioso que vem dela - Você está brincando com a sorte!

- Porque você tem essa bala pendurada em seu pescoço? Porque colocou minhas iniciais nela? - Eda pergunta com a voz entrecortada e se mantém imóvel embaixo de mim.

Eu me afasto de seu corpo e suspiro assumindo novamente a minha expressão fechada.

- Descanse, amanhã poderá ver o seu irmão. Seu jantar está naquela mesa! - respondo ignorando sua pergunta, abrindo a porta e trancando Eda após sair.

Eu não esperava ter essa reação, mas desde o momento em que coloquei os olhos em Eda Yildiz novamente, todo meu corpo se acendeu em um desejo ardente.

Carlo era um dos meus melhores soldados, mas matá-lo depois de ver ele atacando tão doentiamente essa mulher, é algo que faria de novo sem pensar duas vezes.

Eu não poderia deixar Eda na Base com todos querendo abusar dela ou tirar sua vida, então a única saída a curto prazo foi trazê-la para a minha casa.

Beija-lá foi um erro, agora seu perfume e seu gosto estão impregnados em mim, parecendo como um veneno correndo em minhas veias e mexendo com meu sistema central. Preciso sair para longe do feitiço dessa mulher.

Frustrado pego o celular com a intenção de ligar para Balça, minha amante mais frequente, mas desisto antes mesmo de completar a ligação, sei que ela não conseguirá me dar o prazer que quero.

- Porra! - esbravejo seguindo em direção ao meu escritório.

*****

Já passam das 04:00 da manhã quando decido tirar um cochilo, apesar da insônia preciso tentar descansar um pouco já que em menos de três horas terei que estar em pé novamente.

Vou para o meu quarto e tomo um banho rápido, mas nem a água quente em meus músculos conseguem relaxar o meu corpo. Quando estou vestindo minha calça de moletom escuto gritos desesperados vindos do quarto ao lado do meu.

- Eda?!

Saio correndo e me atrapalho com a chave, até que enfim consigo abrir sua porta e encontro a morena sentada na cama abraçando as pernas e soluçando angustiada.

STRANI AMORI Onde histórias criam vida. Descubra agora