Culpado

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JASPER HALE


— No enterro.— responderam na outra linha. Em menos de um segundo eu senti tudo despencar á minha volta enquanto Edward destruía o seu telefone até as cinzas com um aperto firme. Sua dor implacável e crescente se misturara a minha. É mais do que o inferno, muito, tremendamente, pior.

Não pisquei, não me movi, não respirei. Afinal, pra quê faria isso? Eu não preciso disso.

Só o que preciso é de Rebecca Swan, e neste momento ela está morta.

Era o destino dela, Alice previra, sempre foi o destino de Rebecca; a morte. Desde o começo, desde que nossos caminhos se cruzaram, desde que eu a senti, olhei em sua direção, senti sua presença, seu calor escaldante e seus olhos azuis me mirando.

É tudo minha culpa.

Novamente, como várias vezes antes, Rebecca me colocou de joelhos, eu não tenho forças nas pernas para permanecer de pé, para pensar demais.

Seu fantasma que sempre me segue onde quer que eu vá e esteja se ajoelhou na minha frente e tentou tocar minhas mãos, não senti, é claro, mas não me atrevi a olhar seu rosto, como se isso fosse ser a minha condenação eterna. Além do fato de que, sua miragem — que minha mente inventou para abafar a saudade — não chega aos pés da minha Rebecca. A real, a que me transformou em algo quase... bom.

Ela está morta... Não, não não, não pode ser verdade, ocorreu um erro. Não pode ser real.

Senti como se me fundisse ao chão de concreto, o mundo se desfazia de forma violenta em toda parte enquanto eu lidava com a pior dor que já senti na minha vida, toda ela. Em toda minha maldita existência.

Está tudo acabado. Será que ela me odiou até o fim? Porque sei que me odiou quando tive que ir embora.

Foi a decisão certa? Eu tive de deixá-la. Mas isso antecipou ou adiou sua morte?

A visão de Alice estava se tornando cada vez mais real, uma visão que eu sequer precisava do talento de Edward para poder visualizar.

Eu a mataria. De um jeito ou de outro, eu a mataria.

Mataria o amor da minha vida porque não sou forte o suficiente para controlar minha sede. Eu podia ver com clareza a cena, eu pude sentir o medo dela, a dor, a aflição, tudo, enquanto eu lhe sugava até a última gota de seu sangue tão tentador. Meus olhos pretos assumindo uma cor escarlate. Seu corpo delicado estava inerte nos meus braços, eu não ouvia mais seu coração, seus olhos azuis estariam arregalados de pavor e vidrados sem ver. Tudo seria minha culpa.

E enfim viveria tudo de novo, eu voltaria a ser um monstro que fui outra vida.

Éramos como Romeu e Julieta, fadados á um fim trágico e fatal. Becca nunca teria chance, ninguém iria me parar. Eu não pararia e foi por isso que me afastei, mas, ainda assim, ela morreu. Teria sido diferente? Eu queria ter ficado, queria tê-la amado, queria que ela quisesse se transformar, queria ter ela por toda eternidade. Eu não era capaz de me saciar dela, duvido que qualquer dia o faria.

FOR HIM, Jasper HaleOnde histórias criam vida. Descubra agora