|| PARTE UM ||
POR ELE || Voltar a Forks não era exatamente um caminho inesperado, o inesperado era o que eu encontraria lá. O primeiro e único amor que tive em minha vida. O amor dele, o amor de um vampiro.
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No domingo, tarde da noite um telefonema rompeu o silêncio do andar de baixo e Charlie foi atender. Eu continuei a fazer meus cálculos no chão do meu quarto e bufei mais uma vez vendo um resultado sem sentido já que troquei um mais por um menos em algum momento da conta. Não tem como não se sentir burra quando se é péssima em matemática básica.
Não muito tempo depois, Charlie bateu na minha porta pedindo licença para entrar. Recolhi minhas lições, ajeitei o cabelo e liberei a porta. Ele entrou cauteloso e se sentou na minha cama.
— Estou encrencada?— questionei, repassando o que fiz o dia todo, nada demais, fiquei apenas enfiada no quarto... não tinha porque ele estar sério.
— Não, querida, não.— ele aliviou e nos encaramos em silêncio por um tempo.— Billy nos chamou para jantarmos lá, aproveitando que Bella já está com Jake.
— Hã... claro.— dei de ombros. Nenhum de nós se moveu.
— Becca, posso saber porque você não foi com Bella hoje?— perguntou o xerife e eu dei de ombros novamente.
— Dever.— apontei, era a desculpa perfeita.
— Mas você não vai ficar enfiada em casa sempre, né?— eu ri.
— Que isso, pai, está me expulsando?
— Não, não, claro que não. É que... eu observei como você agiu desde que chegou aqui, e com certeza não é a garota que Renée me preparou para receber...
— Eu ficando em casa te incomoda?— indaguei confusa e recolhendo meu material.
— Não, querida, ter você em casa de novo é bom, só que eu esperava que você... ficasse de olho na Bella.— ele disse e eu o encarei desconfiada, seu tom de voz me dizia que escondia algo.
— Ela e Jake parecem estar se dando bem.— tentei tirar meu corpo fora.
— Eu sei, e ela não gritou noite passada como fez nos últimos meses.— ele disse como um alivio— Eu não durmo bem tem um bom tempo, Becca.— ele olhou nos meus olhos— Preciso que me ajude a manter essa paz.
— Do que está falando, pai?
— Veja bem, Becca, eu preciso que prometa, independentemente da sua resposta, que o que eu te falar permanecerá aqui.
Pensei por um momento. Eu deixei de fazer promessas para qualquer um que não seja eu mesma, mas... ele é meu pai, certo? Não é como se ele fosse quebrar nossa promessa e fosse me abandonar no meio do oceano.
— Ok.— aceitei cautelosa.
— Eu não sei bem como falar isso, mas eu confio que você seja a irmã mais racional, no momento...
