1. the return of the realm's love.

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— Eu já expliquei quem eu sou! – A voz de Visenyra soava um pouco alta. A platinada não tinha o costume de gritar, mas estava começando a ficar irritada com a insistência dos guardas de desacreditar de suas palavras. – Eu sou Visenyra Targaryen, segunda filha do Rei! Pelos Deuses, quantas vezes mais terei que falar isso? – Ela tentou, mais uma vez, passar pelos homens e foi impedida, sendo empurrada para trás e caindo no chão. Soltou um gemido de dor, sentindo a palma de sua mão esquerda latejar. O manto dourado que carregavam entregavam que não eram os homens da Guarda do Rei, mas sim os membros da Patrulha. Não sabia em que momento eles se tornaram protetores do Castelo, mas já percebia que havia sido um grande erro.

— Mais uma bastarda do Dragão tentando invadir o Castelo e clamar por direitos. – Um dos homens, que tinha cerca de 1,80 de altura falou, tirando o capacete e olhando para a garota. Visenyra sabia que passar uma década longe faria as pessoas não a reconhecerem, isso era óbvio. E sabia que aparecer sem aviso prévio e sem a companhia de seu juramentado, sir Eddard Tarly, não daria nenhuma segurança de sua identidade aos outros. Mas não esperava que o Rei tivesse dado ordens de não permitir a entrada das pessoas no Castelo. Pelo pouco que se lembrava, qualquer homem ou mulher poderia falar com a Coroa, caso solicitado, e seria acompanhado pelos guardas. Havia tempo limitado, mas ainda assim. Nada era rude daquela forma antes de sua partida.

— Roubar a identidade de outra pessoa é crime, mocinha. – Um outro guarda falou, esse sendo um pouco mais baixo que o anterior, e a olhou com desgosto. – A princesa Visenyra está viajando pelos Sete Reinos. Você deveria ter se esforçado pra saber disso. – Ele deu alguns passos na direção da garota, a levantando do chão bruscamente, segurando-a pelo tecido de suas roupas. – Ou ao menos se esforçado para vestir uma roupa melhor. Você achou que entraria aqui usando esses trapos, se autodenominando princesa, e simplesmente ninguém a impediria?

Visenyra desviou o olhar dos quatro homens que a cercaram e olhou para seu corpo, analisando o vestido que usava. Era realmente um vestido simples, de tecido simplório e que sujou depois de uma boa caminhada da Rua da Seda até o Castelo, mas não era razão suficiente para ser desacreditada. Talvez fosse, na verdade. Ela sabia que era. Só estava irritada demais com a atitude daqueles homens grosseiros para lhes dar alguma razão.

— Chame o lorde Westerling se não acredita em minhas palavras! A rainha Alicent, meu pai ou qualquer pessoa que estava aqui há uma década atrás! Assim vocês saberão que eu não minto. – Ela tentou se defender, mas sabia que não adiantaria. eles não estavam ali para escutá-la. Apenas para mandá-la embora.

Não lhe responderam, mas o mais alto dos homens ali a agarrou pelo braço, usando de uma força exagerada para machucá-la somente com aquele aperto, e começou a arrastar a garota pelo mesmo caminho de onde ela veio.

— Senhores! – Uma voz grossa soou, e o homem imediatamente parou, olhando para trás, assim como os outros. Visenyra focou em tentar se livrar do aperto daquele ogro. – Eu gostaria de lidar com a garota. – Ele disse, mantendo seu tom de voz e postura impecáveis, enquanto tentava ser cordial com aqueles homens. Aemond poderia ser rude, mas ele ainda era um homem de fé e acreditava que todas as mulheres eram um reflexo da Mãe. Se não as respeitasse, então não seria menos que um imoral. Talvez fosse por isso que ele concentrava todos os seus insultos para os homens.

— Claro, meu príncipe. – O homem anterior, que havia chamado Visenyra de bastarde falou, ordenando que o outro a soltasse, e assim ele o fez.

— Obrigada pelo tratamento, senhores! Prometo que não guardarei mágoas. – Sua irônia era clara, enquanto suas mãos tentavam desamassar o vestido. – Calma aí, príncipe? – Ela perguntou, confusa, finalmente erguendo a cabeça e olhando para o homem que a salvou daquele tratamento hostil. Ele com certeza era um príncipe, seus cabelos brancos entregavam a realeza de seu sangue. Aemond acenou com a cabeça, dispensando os membros da Patrulha da Cidade.

heir of the iron heart. | aemond targaryenOnde histórias criam vida. Descubra agora