4. fighting for her.

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- Devo admitir minha surpresa com o torneio, irmã. Você nunca foi uma fã. - Rhaenyra falou, sentando-se ao lado de Visenyra, enquanto acariciava a barriga. Estava grávida, outra vez, e já era certo: viria uma menina. Não porque um meistre determinou, mas porque as três irmãs haviam dito que era uma garota.

Primeiro, Rhaenyra sentiu que carregava sua tão sonhada Visenya. Depois, Visenyra simplesmente deduziu que a irmã conseguiria sua primeira garota na sexta tentativa. Já Helaena havia sonhado com o nascimento da pequena, então não havia como contestar. Se três mulheres Targaryen falam, então é como deve ser.

- Bem, sou uma adulta agora. Não devo permanecer na minha zona de conforto e fazer somente o que desejo. Você sabe disso melhor do que eu, irmã. - Ela pegou a mão de sua irmã, pondo-a em seu colo e entrelaçando seus dedos nos dela.

Visenyra, Helaena e Rhaenyra tinham uma visão privilegiada dos combates, estando elas na primeira fileira. Na segunda estavam os garotos da família, Jacaerys, Lucerys, Aegon e Aemond, com Rhaena e Baela na lateral, juntas. Na quinta fileira, e mais alta, estava o Rei e a Rainha, de mãos dadas, enquanto Daemon estava ao lado do Rei, em silêncio, com sua terceira taça de vinho em mãos. Rhaenys e Corlys estavam bem ao lado, sussurrando e rindo. Harwin Strong estava sentado ao lado de Otto Hightower, o Lorde Mão, atendendo ao pedido de Rhaenyra de deixá-la a sós com as irmãs.

Quando os rumores da bastardia dos filhos de Rhaenyra e Laenor saíram de controle, Lyonel Strong abandonou sua posição de Mão do Rei e foi com o filho mais velho para Harrenhal. Mas mesmo que seu pai tivesse abandonado o cargo, Harwin já havia tomado a decisão de proteger sua família e a mulher que amava. Com a morte de Laenor Velaryon, o primeiro filho da Casa Strong retornou a King's Landing.

Harwin Strong, o Quebra-Ossos, se tornou Harwin Strong, Príncipe Consorte dos Sete Reinos.

Enquanto Daemon Targaryen, viúvo de Laena Velaryon e primeiro amor de Rhaenyra, permaneceu um homem sem esposa mesmo após seis anos. Não havia mulher nos Sete Reinos que se comparasse à sua esposa Laena. Ele vivia sua solidão em Derivamarca, criando Baela e Rhaena na terra natal da mãe, como ela desejava. Daemon somente lamentava não tê-las levado antes.

- Mas logo um Torneio?

- Não é somente um torneio. - Helaena falou, baixinho, enquanto observava atentamente o filho mais velho dos Greyjoy tentar derrubar o filho mais novo dos Wayne.

- Não é?

- Vamos, Visenyra, conte a ela sobre seu plano. - A mais nova empurrou levemente o ombro de Visenyra, instigando-a a compartilhar os próprios planos.

- Estou apenas adiantando os acontecimentos. Já tem algumas semanas que Otto vem falando ao Rei que é prioridade encontrar um pretendente para mim. - Visenyra iniciou, e Helaena concordou com a cabeça. Era verdade, e muito provavelmente Visenyra acordaria um dia prometida para algum sobrinho de Otto Hightower que ela desconhecia. - Antes que isso pudesse acontecer, eu apenas... fiz isso. - Ela apontou com a cabeça para os homens.

Mas mesmo que a ideia toda tivesse partido de Visenyra e sido apoiada por Helaena, ela estava desconfortável e amargamente arrependida da decisão que tomou em levar aquilo pra frente. Quanto Otto trouxe à tona o assunto casamento pela primeira vez, Visenyra agradeceu que seu pai o cortou no primeiro momento. Mas nas semanas que se seguiram, ela constantemente escutava o lorde Mão comentar sobre possíveis viagens para a escolha de pretendentes e relembrar o quão velha Visenyra estava para continuar atrasando o comprometimento.

Mas o problema não era ela estar indo contra seus próprios ideais ao organizar um evento que ela passou anos contestando. O problema era que, mesmo gostando daqueles homens e conhecendo todos, nenhum parecia certo. Aquela situação não parecia certa. Não depois de ter ido ao Jardim com Aemond. E não depois da noite que passaram na biblioteca.

heir of the iron heart. | aemond targaryenOnde histórias criam vida. Descubra agora