capítulo - 6 - "competition"

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Com lágrimas nos olhos, o mais alto saiu da frente do quarto fazendo barulho com seus passos.

O anjo ouviu alguma coisa e se afastou do beijo, só conseguiu notar a sombra de Sam indo embora.

- Droga... - o anjo disse sentido remorso.

- Que foi? Você não chegou a aceitar o pedido dele, não foi traição. - abraçou o anjo de lado. - Tá tudo bem, não liga pra isso agora...

- Não ligar pra isso agora? Dean, a coisa mais importante no momento é isso. - o anjo se levantou. - Além de deixar ele sem resposta, ele provavelmente deve ter nos visto. Eu me sinto péssimo...

- Hey, não é sua culpa se você não sente o mesmo que ele... - o caçador se levantou também, tocando o ombro dele.

- O problema é esse, Dean, eu não sei o que eu sinto...

- Como assim? Você não sabe o que sente por ele? - viu o anjo negar com a cabeça. - Ok... Vamos fazer o seguinte, quem te conquistar... Em um mês, consegue seu coração... Fechado?

- Dean! Meu coração não é seu parquinho de diversões onde você brinca de ser legal por um tempo, até eu aceitar... Aí você fica frio comigo!

- Eu não vou ficar, vou provar que você tá errado.

- É? Então prova. - viu o mais alto se aproximar com um sorriso malicioso e um olhar dominador. - Eu não falei sobre isso! - Foi até a porta apontando pra fora. - Vai, sai agora.

- Pelo menos pensa no caso... - foi andando até a porta. - Por favor...

- Sobre o que? Que vocês conquistem meu coração em um mês? - viu o outro concordar com a cabeça. - Mas o Sam não sabe, como isso daria certo?

- Isso é um sim? - perguntou animado.

- Responde, como daria certo?

- Vou considerar como um sim. Bom, eu vou falar pra ele... Convencer ele... Não sei, eu dou meu jeito, ok? Quando ele aceitar eu te mando mensagem... E você diz quando começa. - sorriu animado.

- Se eu disser "sim", você para de me encher o saco? - o outro concordou com a cabeça. - Ok, então sim.

- Cas... Te juro, você não vai se arrepender. - Ia lhe dar um selinho quando o outro se afastou. - Uh... Sem beijinho?

- Nem pensar. - Cruzou os braços.

- Tá bem, sem beijo... - ficou parado pressionando os lábios uns contra os outros olhando pro chão, e deu um beijo rápido na bochecha do outro. - Desculpa, eu não resisti. - Sorriu rápido e saiu correndo.

- Idiota... - disse revirando os olhos, depois de ficar álbuns segundos parado calculando o que aconteceu.

Fechou a porta e foi até a cama respirando fundo.

- Cada vez mais eu acho que minha vida é a mais louca possível. - deitou na cama e fechou os olhos por mais que não fosse dormir.

O anjo esperava que fosse brincadeira do caçador, até chegar o dia seguinte...

- Cas, olha o que eu trouxe pra você. - Sam disse com uma caixa de bombom em formato de coração na mão.

Não, não era possível... Ele aceitou fazer parte daquilo?!

- Sh! Sai! - Dean empurrou seu irmão para o lado e mostrou um ursinho de pelúcia, quer dizer... Um ursão, gigantesco. Quase do tamanho de Castiel, talvez uns 20 centímetros a menos. - Olha o que eu, o que eu trouxe. - Sorriu estendendo os braços.

- Gente, isso é sério? - o anjo perguntou indignado. - Meu amor não está a venda.

- Qual é, Cas... Só entra na brincadeira.

- Eu ainda mato vocês. - Revirou os olhos e pegou os presentes. - Obrigado. - Foi indo pro quarto.

- Eu vou ganhar essa.

- Nem por cima do meu cadáver! - Sam disse rindo e saiu andando, até parar e se virar pra trás com um sorriso divertido no rosto. - Eu tenho meus planos, até Dean.

- Planos? Que planos? SAMMY!

O mais alto saiu andando, deixando seu irmão mais curioso do que nunca.



O plano de Sam era simples, na cabeça dele.


Ele levou o anjo até o carro, abrindo a porta, sendo o mais cavalheiro possível. Quando chegaram onde Sam queria, era um campo coberto de rosas e flores super cheirosas, Castiel não sabia se olhava para as flores ou para as dezenas de abelhas que tinham no local.

Sam havia pensado em tudo, ou quase...


Um tempo depois de muita melação e canções fofinhas, Sam abriu uma lata de refrigerante, tomou um pouco e deu para o anjo.


Tudo bem, certo?


Errado.

Uma das abelhas foi infernizar o anjo, querendo seu refrigerante, assim que o anjo desviou, o mais novo teve a brilhante idéia de bater na abelha...


Não só bateu, como matou. Machucou sua mão com o ferrão que ainda continha na abelha, e bom... Não tem como piorar, tem?


Pois é, tem.


As abelhas enfurecidas pela morte de uma das operárias, foram para cima do "casal", e tiveram que sair correndo.


Saíram as gargalhadas, enquanto as abelhas ainda os perseguiam.

Entraram no carro e fecharam as janelas para que não entrassem.


- Ok, isso foi demais. - o anjo disse rindo, mas sua expressão logo mudou quando viu o machucado que tinha se formado na mão do mais alto. - Sam, tá doendo muito?

- Que? - olhou pra própria mão. - Droga... Não, não se preocupa, Cas. É só um machucadinho... Já já cura.

- Não seja idiota, deixa eu ver. - viu o mais novo recuar e puxou a mão dele para si. - Fica quieto! - Tirou o ferrão ouvindo um grito e riu. - Meu pai, era só um ferrão. - Sorriu e curou o inchaço que havia ficado.

- Obrigado... - Sorriu e se aproximou.


- Ahn... Vamos pra casa? - o anjo disse ajeitando a postura enquanto colocava o cinto, fingindo que não tinha sentido o clima.

- Eu te incomodo tanto assim? - Foi logo ao ponto se aproximando de novo. - Juro, porque se for... Eu paro, prometo que paro. - Suspirou se afastando de novo. - Desculpa, desculpa te meter nessa brincadeira idiota do meu irmão... - Colocou o cinto e ligou o carro.

- Não, não incomoda... - jogou a cabeça pra trás fechando os olhos. - Eu só não sei o que sinto, então fico confuso... Eu... Odeio me sentir assim, e você me deixa assim. Não é desconfortável, é uma sensação estranha, mas um estranho bom. Ah, esquece, eu não sei explicar.

- Deixa eu tentar, e se você não gostar eu paro...

- Você disse isso uma vez, me convenceu, eu adorei... E talvez eu queira de novo. - antes que o Sam respondesse, ele o beijou.

Depois de darem alguns beijos, voltaram pro bunker, foram para os quartos e o Sam mais feliz que criança quando ganha doce, se jogou na cama sorrindo bobo olhando pro teto.



"Sam, eu acho que te amo..." Castiel disse bem baixo, entre os beijos, mas Sam ouviu, e ele guardaria aquelas palavras... Pro casamento deles, ou pra memória de algo que nunca aconteceria...





Notas da Autora:






Eh boy, eu tinha esquecido de atualizar. Enfim, é isso, Yas, não me julgue, mas eu precisava usar Stydia.

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