3. Keep driving

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3. Keep driving.

Harry ria baixinho enquanto corria de mãos dadas com Tom.

— Tenho que pegar minha mala, todos meus documentos estão lá e algumas coisas pessoais. — falou quando pararam na caminhonete velha do alfa.

— Vamos pegar então. — falou jogando suas duas mochilas na parte de trás e sorrindo para o ômega.

Eles entraram na cozinha em silêncio, mas logo Tom puxou o ômega pela cintura encaixando os corpos e andando igual pinguins.

Harry soltava risadinhas enquanto andavam escada acima.

— Eu te amo tanto, mamãe. — Tom murmurava mordiscando o pescoço do ômega e Harry ria baixinho corado.

— Eu também te amo, papai. — respondia carinhoso sentindo as mãos grandes na sua barriga.

Harry cobriu a boca do alfa quando chegaram em frente a porta do quarto onde dormiu por todos esses anos.

— Silêncio. — falou baixinho abrindo a porta lentamente e entrando no quarto.

Ele foi rapidamente até o closet voltando com uma mala pequena e um urso de pelúcia que Tom tinha o dado de aniversário há quatro meses atrás.

— Só isso? — falou e Harry assentiu sorrindo. — Por que não fizemos isso antes?

— Medo? — sugeriu ainda sorrindo. — Vamos embora. — falou sorrindo e se virando e andando até o alfa na cama. — Eu espero que você sofra tudo que me fez passar, espero que queime no inferno e ainda assim nunca vai sentir a dor que eu senti, você me destruiu, você pegou tudo quem eu era e você quebrou e eu espero que você pague por isso. — falou baixinho. — Eu nunca vou te perdoar, eu era uma criança. — falou piscando lentamente. — Espero que um dia eu possa ser feliz sem carregar o peso das suas mãos em mim. — segredou se virando para Tom que o esperava na porta.

Quando ele deu o primeiro passo para Tom ele sentiu o peso de ser um Armani cair, ele não era uma propriedade e aquela, aquele alfa, era sua nova vida.

Harry sorriu aceitando a mão que Tom esticou e o alfa o levou para fora.

Assim que o carro começou a andar, Harry desabou em um choro sentimental e doído.

Ele chorou por cada dor que sentiu naquela casa, por cada sentimento ruim que ele enfrentou, por cada toque que ele não quis, por cada tapa, por  cada marca, por tudo.

Ele chorou, o corpo tremia em espasmos a casa soluço e Harry engasgava na medida que o choro aumentava.

A liberdade às vezes é cruel também.

Tom diminui a velocidade dois quarteirões depois e começou a encostar na rua deserta.

— Não! Por favor, não. — Harry falou rápido virando para o amante. — Continua dirigindo, quero estar o mais longe possível, por favor. —  falou e Tom assentiu, mas não voltou a dirigir.

— Você precisa de mim, posso dirigir depois. — falou e Harry negou.

— Continue dirigindo. — respondeu e Tom suspirou. — Quando sairmos daqui, quando não estivermos em Londres você pode parar, mas me tira daqui. — falou e Tom assentiu pisando no acelerador.

Quando eles saíram de Londres duas horas depois, Tom encostou o carro e pegou Harry no colo.

O menor soluçava contra seu pescoço, os dedos apertando a blusa branca, o corpo tremendo, o peito inflando em busca de ar, era a pior imagem da vida de Tom.

Garden | TomarryOnde histórias criam vida. Descubra agora