I. All star Azul

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[ 2306 PALAVRAS ]

Doloroso, ardil, inimigo da tranquilidade. Era assim gostar de Aki Hayakawa. Sentimentos desnecessários por causas desnecessárias, que poderiam ser evitados, se não cometesse os velhos e mesmos erros. Quando isso começou? Não fazia idéia, alguns dizem que o amor é cego, outros dizem que o amor leva tempo, mas Angel dizia que o amor cheirava a cigarros. Então com certeza estava cego.

A maior mentira que contou em sua vida era não se importar em viver sozinho, que seria um vagabundo astuto, sem medo de alguém o tapear com emoções traiçoeiras. Quem diria que teria ficado ainda mais estúpido, sendo enganando por algo que próprio criou. Aluado com as próprias expectativas, desperdiçando tempo enquanto queixava a si mesmo. Quanto mais encarava a verdade,
mais exausto ficava.

Era possível ser por causa da sua aparência? Aki ficava tão atraente quando seus cabelos estavam soltos ou a maneira como a fumaça do cigarro saia da sua boca, acidentalmente provocativa. O moreno jamais saberia o quão sedento Angel estava para toca-lo, do seus rostos colados e a excitação de sentir seus corpos chegando a um ápice. Seria demais para apenas esse motivo? Angel se perguntava sobre o que deixava Aki tão irresistível.

Se sentia um pervertido por pensar nessas coisas.

Oh céus, como ele poderia esquece-lo tão facilmente? Maldito seria aquele que tinha o enfeitiçado com sermões e carícias, aspereza e cortesias, tapas e beijos, talvez não beijos.

- Que se foda essa merda! - Exclama Angel jogando um objeto aleatório contra parede. Por que era tão difícil encara-lo toda vez? Ah deixa, já sabia a resposta, mas se fazer de bobo o fazia se sobrecarregar menos. - Creio que morrer seja melhor do que ter sentimentos.

Fugir disso não adiantaria de nada, mesmo não ficando de frente com Aki sua presença ainda estaria em seus pensamentos. Lamentável era sua situação, apesar de que, Aki nem sabia como Angel se sentia e com certeza nem teria uma resposta direta sobre isso. De todo modo, era perturbador e aliviante ao mesmo tempo.

Angel sai do seu quarto e se direciona a cozinha. Ele estava passando um grande período de tempo longe do apartamento de Aki, quando finalmente conseguiu arranjar o próprio lugar para morar. Dando a desculpa de que havia muita gente vivendo no local.

Angel então pôs sua pantufas de coelho e começou a preparar uma garrafa de café. Como não sabia cozinhar, pegou no armário um pacote de salgadinhos para comer.

Pelo lado bom não era miojo,
isso seria seu almoço e janta.

Ele admitia, as refeições de Aki eram as melhores e às vezes tinha saudades de lá. Tudo o que ele fazia era bom o suficiente para Devil, todavia será que Hayakawa sentia a mesma coisa sobre si mesmo?

E se Aki o amasse...?

- Devo parar de me iludir - Suspirou pegando a xícara de café, assoprando para não queimar a língua.

Depois de cinco xícaras seguidas de café, Angel se sentia um pouco mais disposto a trabalhar. Voltou para o quarto e abriu seu guarda roupa. Tirou o seu pijama e vestiu o costumeiro conjunto revestido por paletó e gravata, para transmitir formalidade. Sendo apenas seu all star azul, quebrando a neutralidade das cores.

- Hora do trampo. - Se olhou no espelho para ajeitar apenas sua vestimenta, pois já estava sem paciência e sem tempo para arrumar o cabelo. Deixando assim seu fios desordenados e bagunçados.

Angel tinha o costume de não se importar muito com o que as pessoas pensavam de sua aparência, mas se tornaria o mais belo se fosse para Aki. Angel tossiu forçadamente e limpou sua garganta. Já estava preocupado por ficar agindo igual um cachorrinho, e olha que isso era papel do Denji.

𝐀𝐆𝐎𝐑𝐀 𝐌𝐄𝐔 𝐂𝐎𝐑𝐀𝐂𝐀𝐎 Ꮛ́ 𝐔𝐌 𝐋𝐈𝐗𝐄𝐈𝐑𝐎  ⟨ AKIANGEL ⟩Onde histórias criam vida. Descubra agora