[ 2738 PALAVRAS ]
TEMPO ATUAL
* Alerta de gatilho * [Violência explícita.]
Em pequenas bolhas nas entrelinhas do café, Devil era uma máquina de respirações. Ansioso e principalmente, furioso. Era normal sentir-se triste até certo ponto. Entretanto, uma nova onda tóxica invadiu seu ser. Essa onda chamava-se raiva.
Sem querer, Devil queimou a língua no café quente. Logo depois, em uma sequência de azar, derrama a xícara. Queimando sua pele e sujando a roupa.
- Ah! Merda! - Ele se queixa levantando rapidamente. Angel odiava Aki, não por ele ter feito algo ruim. Angel era simplesmente egoísta. Por quê ele tinha que beijar Himeno quando estava frequentemente dando-lhe pequenos, inofensivos, toques?
Nesta galáxia sem fim, Angel era apenas uma estrela diurna.
Ele fechou os olhos por alguns segundos e foi ao banheiro para tirar a roupa manchada, locomovendo-se pelo cômodo preguiçosamente. Até que se deparou com uma tesoura, que despertou-o curiosidade. Angel pegou o objeto e observou. Virando a nuca para o lado.
Em um surto, voluntariamente, Angel corta uma mecha avantajavel de seu cabelo. Ele dobra seu polegar na tesoura e se inclina mais para frente. Ele cortava seus fios como se fossem seus pulsos. Rasgando tudo até o pescoço. Fazendo cócegas da onde os gumes escorregavam.
Quando o verão de janeiro falecia em março,cortando todos os laços que havia construído, ele apenas queria estar com Aki, para sempre. Era um pensamento reconfortante que Angel possuía. Nessas fagulhas que existiam em seu coração, a alma renegada esfriava e afundava entre ele e o oceano azul profundo. Angel estava fraco, em asfixia. Não bafejando corretamente. Devil não se alimentava direito e nem dormia nos últimos dias. Não bastava estar psicologicamente abalado, para compensar, seu corpo também estava o negando com todas as forças. Ele tentava permanecer forte. Mas, quando Angel escorou-se no box do banheiro para se recompor, ele ouve a campainha tocar.
Angel ligeiramente sai do local para atender quem quer que fosse.
Sua casa, às vezes, não parecia um lar. Embora, fossem sinônimos um do outro, Angel deduzia que não fossem tão complementares assim. Como se... Um sentimento estivesse envolvido por trás de inúmeros significados. Sentimento... Era algo que o movia. Uma desvantagem num mundo de razões e estratégias precisas. E infaustamente, a humanidade não iria atender seus caprichos cândidos.
Devil apertou a mão na maçaneta, puxando-a. Por ironia do destino, quem estava atrás daquele limiar era Denji e Hayakawa. Não sabia ao certo mas, toda vez que uma porta se abria em frente a ele, Aki estava lá.
- Opa! Bom dia anjinho. - Denji diz amigavelmente, estampando um sorriso largo. - Desde que os feriados da empresa começaram, a gente nem teve mais tempo de se ver.
Hayakawa segurava uma sacola branca, que exalava cheiro de comida.
Apesar disso, Angel hesitava olhar nos olhos de Hayakawa.
- Você... Cortou o cabelo. - Hayakawa sussurra surpreso. Percebendo isso agora, Denji também se surpreende. Os ombros de Angel estavam tensos, ele não sabia ao certo o que falar. Seu corte também estava um pouco torto por ter feito alheio. Porém, tudo muda quando Hayakawa diz uma simples frase: - Está bonito. - Suas bochechas ficam um pouco rosa.
- O QUE - Denji grita colocando as mãos nos ombros de Angel. - O que rolou!? - Ele o sacudiu, isso fez Devil sentir-se tonto. Suas olheiras escancaravam seu mau estar, voltando novamente para este desassossego.
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𝐀𝐆𝐎𝐑𝐀 𝐌𝐄𝐔 𝐂𝐎𝐑𝐀𝐂𝐀𝐎 Ꮛ́ 𝐔𝐌 𝐋𝐈𝐗𝐄𝐈𝐑𝐎 ⟨ AKIANGEL ⟩
أدب الهواة[SINOPSE] 𝗖𝗼𝗺 𝗺𝗲𝗱𝗼 de demonstrar seus verdadeiros sentimentos para Aki, Angel os guarda totalmente para si mesmo. Mas por quanto tempo ele vai conseguir aguentar as coisas dessa maneira ?҉ {...} Em toda sua vida Angel queixava-se...