Quando o dia raiou rapidamente nos ajeitamos e continuamos nossa caminhada pelo asfalto. Enquanto andava em silêncio assim como a maior parte, mesmo que ainda possível ouvir murmúrios de conversas paralelas os sons dos sapatos se chocando contra o chão os engoliam, tornando mais fácil de ser engolida em meus pensamentos.
Comecei a me questionar para onde estávamos indo, quais eram os planos agora; Estávamos em busca de algum lugar grande o suficiente para comportar todos nós? E se estávamos no modo 'andarilhos' por que não transitar entre bairros? Mais perigoso óbvio, entretanto teriam-se mais chances de achar comida, roupas e também casas para ficarmos durante à noite.
Estaríamos indo então para Washington? Não confiava naquele plano, soava tão idiota, se tivesse uma cura por que estava demorando tanto? Se dependêssemos única e exclusivamente de Eugene estávamos fodidos, ele era um bundão e sentia que iria nos colocar em muitos problemas.
Não queria confiar nessa intuição mas nunca fui muito boa em lidar com pessoas novas e isso tendeu a se agravar após o fim do mundo. Afinal, Rick sabia de Washington? Não falara nada sobre isso e não estava mais no vagão quando houve os comentários, como figura de líder imaginava que comunicaria sobre a longa viagem que teríamos pela frente.
Paramos um pouco após algumas horas para cuidar de Judith e logo seguimos, estava tão exausta que nem mesmo sentia minhas pernas apenas tentava me absorver em meus pensamentos para que não focasse tanto nos desconfortos.
O, agora, total silêncio e os sons dos passos foram absorvidos por gritos, que pareciam ser de homem. O Grimes mais velho fez um sinal com a mão nos fazendo parar de andar.
Suspiro cansada e ajeito Judy em meus braços. Queria seguir caminho, estava cagando para quem quer que fosse, quem conhecíamos estava com a gente então fim de história.
— Pai, vamos lá! — Carl diz ao meu lado e o encaro indignada. — Vamos lá! Anda logo! —
Me ignora e continua insistindo saindo do asfalto.— Que vamos lá o que garoto. — O repreendo tentando segurar seu braço entretanto não consigo o pegar a tempo.
Porém Rick não diz nada começando a adentrar a floresta em direção aos gritos, suspiro novamente começando a segui-lo assim como todo o resto.
Eram um homem vestido de padre, estava sobre uma grande pedra e tinham-se em torno de cinco zumbis tentando o morder. Nada é dito e Daryl, Carol, Michonne, Rick e Carl dão fim nos caminhantes.
— Tudo bem. Pode descer agora. — O Grimes mais velho encoraja o homem negro de expressão apavorada, assim ele fez ainda que levemente ressentido. — Você está bem? — Indaga ao mesmo que ergue a mão pedindo por um segundo.
Logo vira o rosto e vomita. Reviro meus olhos jogando o peso do meu corpo para uma das minha pernas.
— Era só o que faltava. — Murmuro sentindo alguns olhares sobre mim.
— Sou Gabriel. — Se apresenta.
— Está armado? — Rick indaga assertivo.
— Pareço alguém que anda armando por aí?— Rebate com ironia abrindo seus braços para que chamasse atenção direta as suas vestes.
Mais duas gracinhas e iria descarregar minha pistola nele.
— Estamos cagando se é alguém que carrega ou não armas. — Abraham refuta.
— Minha única arma é a palavra de Deus. — Se justifica.
— Não foi o que pareceu. — Daryl retruca.
— É? E por que ao invés de gritar não foi rezar então? — Falo impaciente.
— Pois foi ele que mandou vocês 'pra me salvar. — Explica e reviro os olhos. — Vocês teriam algo 'pra comer? Estou com muita fome. — Pede.
Nem fodendo.
— Acho que tenho alguma coisa. — Carl se prontifica retirando a mochila até então em suas costas. — Aqui. — Se aproxima do homem, minutos mais tarde, com uma das mãos levemente cheia. — São nozes, espero que não seja alérgico. — Avisa.
— Espero que seja. — Rebato, o olhar de Gabriel cai sobre mim e logo sobre Judith em meus braços.
— Linda criança! — Elogia.
— Vindo de padres não é um elogio que eu goste muito de ouvir. — Sorrio forçado e sinto um toque em meu ombro.
— Relaxa. — Daryl pede e aperta o local com cuidado.
[···]
Nota da autora:Hey,
Desapareci pois me enrolei na faculdade, ainda estou um pouco enrolada mas tudo sobre controle, anyways, retornei com às atualizações.
De hoje um pouco menor pois estou extremamente cansada, o dia foi bem cheio então sinto muito. Porém considerem estas seiscentas e poucas palavras como pouco mais da metade do que realmente é este capítulo.
Espero que estejam bem!
Cuidem-se.
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The World is Dead • C.G.
FanfictionComo sobreviver em um mundo completamente morto? Era como se todos os cemitérios do mundo tivessem excomungado seus mortos para fora. O lado positivo disso é que não foi o que de fato ocorreu, invejava todos dentro daquelas sepulturas pois não viam...