O homem da moto

Boa tarde, amoras! ❤️ Como estão?
Bem, finalmente a base dessa fanfic está pronta, não precisam se preocupar, é como está na sinopse, é uma história Sasunaru que abrange alguns casais secundários (ou talvez apenas um casal secundário).

*Imagem retirada do pinterest, desconheço o autor, mas quem souber pode me informar para que adicione os créditos*

Boa leitura. 💛

×××

O homem da moto.

Eles eram felizes. Eram felizes quando seus pais ainda andavam sobre a terra, isso só durou dez anos da vida do Sasuke, ele não soube exatamente o que aconteceu com seus pais, só sabia o que o Itachi tinha lhe contado, seu irmão disse que eles morreram em um acidente de carro quando estavam voltando de uma ópera, mas o garoto não acreditava nele. Ele nem sequer deixou o irmão ver os corpos, apenas lhe entregou as cinzas dias depois de sua morte, algo que ele guardava até os dias atuais.

Depois disso só restou ele, o Itachi e o Shisui morando juntos, seu primo sempre morou com eles, seu pai e seu irmão mais velho o deixaram com os mesmos desde que ele era um bebê, foram criados como irmãos também, apesar do Itachi não vê-lo dessa forma. Ele e o Obito são meio-irmãos, cada um é de uma mãe diferente e nenhuma delas é esposa do Madara, ele nunca se casou, assim como muitos homens dessa família.

Enfim, a medida em que foram crescendo o Sasuke e os outros dois tomaram rumos diferentes na vida, seu irmão teve que pagar muitas dívidas deixadas pelos seus pais e administrar o que sobrou para não deixar que faltasse comida para os três ou teto sobre suas cabeças, ele fez um bom trabalho, o mesmo já tinha dezesseis anos quando isso aconteceu e o Shisui era maior de idade, então não precisaram ir para o abrigo ou algum lar temporário, nem mesmo morar com o Madara. 

Apesar do Itachi ter feito um bom trabalho, o Sasuke sabia que ele não tinha os sustentado apenas com o dinheiro da herança de seus pais. Ele e o Shisui sempre escapavam – após acharem que o menor estava dormindo. Mas ele sempre os via saindo escondido enquanto olhava pela janela do seu quarto. Eles tinham até mesmo desistido de seus estudos, porém fizeram questão que o caçula continuasse na escola, nunca lhe falaram o que faziam na calada da noite e o menor também nunca perguntou, apesar de tê-los visto andando com pessoas estranhas.

Quando completou seus dezoito anos ele pediu sua própria cafeteria enquanto fazia faculdade no horário da tarde, teria a manhã e à noite para trabalhar e as tardes dos fins de semana para estudar, seu irmão lhe ajudou, ele custeou tudo e não pediu nenhum por cento de retorno ou de lucro. O Sasuke contratou dois funcionários para lhe ajudar, um para ficar na cozinha e uma para atender as mesas, não poderia pagar mais que dois salários antes que sua cafeteria desse certo. Ela se chamava “Sweet Dreams”, um tanto clichê, mas sempre imaginava coisas doces e fofas quando pensava em uma cafeteria ou confeitaria, então acreditou que era um nome legal.

Seus dias passaram a ser um pouco mais coloridos depois que a abriu, no entanto, nenhuma mudança – após a morte dos seus pais – se comparou quando ele entrou na sua vida.

Em uma bela quarta-feira à noite, o Uchiha estava sozinho na cafeteria, era o dia com menos movimento da semana, então ele costumava dar folga aos seus funcionários, tudo que o cozinheiro sabia fazer ele também sabia e não era um desastre, socialmente falando, ao ponto de não conseguir atender um cliente.

Naquela noite a cafeteria estava aberta desde às seis da tarde, já eram oito e meia da noite, ela seria fechada em meia hora, o Itachi não gostava que seu irmão mais novo passasse tanto tempo sozinho, então nas quartas ele fechava uma hora mais cedo. Estava contando o dinheiro do caixa quando ouviu o sininho da porta tintilar, colocou o melhor sorriso que pôde no rosto e olhou em direção ao suposto cliente. Quase perdeu o dom da fala quando viu aquele homem alto, com os músculos escondidos por uma jaqueta de couro e uma camisa branca, olhos tão azuis quanto o mar e seus cabelos loiros recém-cortados, ele tinha até um risquinho na sobrancelha que se estendida pelo cabelo uniformemente.