Marquei uma seção de terapia pela primeira vez na vida. Claro que foi um impulso, já estou arrependida. O que eu estou fazendo com minha vida?
Aquele ex amor se casou ontem. Com a minha irmã. Achei que seria muito difícil passar por isso sozinha, mas faz tempo que eu entendi que tudo que eu tenho sou eu. Vamo que vamo, vencer esta vida.
Faz algumas meses que estou dando aula. É bizarro o tanto que isso me traz alegria, na mesma proporção que suga minhas energias. Ou talvez eu não tenha mais energia.
Desisti de tudo tem tempo. Continuo fazendo as coisas porque preciso. Talvez a psicóloga tenha uma fórmula mágica da alegria para me passar. Eu falo com os alunos que o mais importante na aprendizagem é o tempo, é besteira esperar ouvir algo diferente quando o assunto é saúde mental.
Acho que tenho que reaprender a viver. Viver de verdade, não só riscar tarefas da minha lista. Por isso, vim aqui escrever. Talvez esse meu impulso seja o pedido de socorro que eu não consigo verbalizar.
Falo sempre para as pessoas pedirem ajuda, mas é tão difícil. Porém, escrevendo, eu sei que preciso tentar.
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Embaroçoso
Non-FictionCrônicas de um coração solitário, com tendências de desabafo nas madrugadas e dificuldade de retenção de lágrimas.