Capítulo 17

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Tento olhar pela janela para ter certeza que Jeongyeon já foi embora, e finalmente consigo vê-la atravessando a rua para sua casa nada humilde, assim como ela.

Como eu odeio seu jeito mandona e convencida. Como uma pessoa como ela me conseguiu fazer praticamente ir para a cama praticamente duas vezes? Aquela idiota acha que é demais, talvez ter mudado para outro país não fez muito bem a ela.

"Nayeon, você é tão gostosa", Yuta diz interrompendo meus pensamentos sobre Jeongyeon.

"Você me faz ficar molhada só de pensar nas suas mãos me tocando Yuta," minto.

Uma vez me disse que quando uma mentira é dita muitas vezes, acaba se tornando verdade, então se eu me convencesse que não podia esperar para transar com Yuta, ou que ele era uma pessoa que eu mais me sentia atraída emocionalmente e fisicamente, talvez eu realmente começaria a ter tesão quando estou com ele, ou até mesmo quando estou sozinha.

Então porque não tentar um pouco mais por enquanto? Jeongyeon não pode ganhar neste jogo de maneira alguma, e no momento Yuta está perdendo. Ou eu que estou.

Eu menti quando falei que hoje talvez nós iríamos transar, mas estou começando a achar que é verdade, já que não vejo outra saída a não ser perder minha virgindade de uma vez por todas, não há uma pessoa melhor para fazer isso do que Yuta.


Não posso ser a menina mais popular do colégio sendo que sou virgem. E se todos descobrirem isso? Tudo que pensavam de mim e de Yuta será destruído.

"Quer saber?" Pergunto a ele retirando a minha blusa. "Vamos fazer isso."

E eu novamente fico despida pela segunda vez hoje, com uma pessoa diferente. E o pior sobre isso tudo é que eu nem me sinto culpada, ao contrário, por mais que eu sinto mal as vezes, não poderia achar mais divertido.

E agora Jeongyeon? O que será?

Yuta sem pensar duas vezes enterra a cabeça nos meus seios dando beliscões fracos, mas eu levanto sua cabeça e puxo sua boca para perto da minha.

"Finalmente," diz Yuta entre um beijo e outro.

Ele começa a tirar suas roupas e fica apenas de cueca.

Yuta me pega no colo e coloca minhas pernas ao redor, sem parar de beijar meu pescoço e meus braços. Mas aquela sensação volta para mi novamente, aquela que tira minha vontade por completo, de não conseguir fazer isso, de não achar divertido, de não querer fazer absolutamente nada agora.

Não consigo nem olhar para ele enquanto me beija. Olho para o relógio na minha frente e posso jurar que escuto os ponteiros batendo se demorassem um século para passar.

"Yuta?"

"O que foi?" Ele continua me beijando como um louco.

"Eu lembrei que combinei de sair com Dahyun hoje," já perdi as contas de quantas vezes menti para ele hoje.

Yuta para de me beijar e encosta a cabeça no meu ombro, decepcionado.

"Isso é sério? Você não está inventando isso porque não quer tr..."

"Não, é claro que não, é que eu olhei no relógio da parede e vi que até já passou do horário que tínhamos combinado."

"Porra", ele diz pegando suas roupas nervosas, como se fosse rasgá-las em seguida.

"Me desculpa, vamos fazer isso outra hora ok?!"

"As vezes conforme as horas passam Nayeon, e quando você vê elas se esgotaram, e não tem mais o que fazer."

Ele sai do quarto sem nem se despedir, e bate à porta com força.

Nunca achei que Yuta iria me tratar desta forma por causa de sexo. Isso me deixa tão triste e humilhada que tenho vontade de deixar de falar com ele por meses.

Não sei se estou com mais raiva dele ou de mim por fazer o que estou fazendo, mas o fato de que eu não consigo nem olhar para ele enquanto ele me beija, ou toca, me deixa ainda mais constrangida e culpada.

--

Para não me sentir muito culpada pelo que estou fazendo com praticamente todos a minha volta, eu ligo para Dahyun e peço para ir à casa dela, já que eu não quero de jeito nenhum que ela descubra que eu sou vizinha da menina que ela está afim.

Não sei o motivo dela estar tão preocupada hoje mais cedo. Parecia que alguém tinha morrido para ela aparecer com aquela cara hoje querendo falar comigo.

"Que bom que você veio, era urgente", ela diz me entregando uma taça de vinho.

"O que aconteceu de tão grave?" Pergunto sem dar muita importância, mas ainda com um tom de preocupação em minha voz.

"Eu. Não. Transei. Com. A. Jeongyeon," ela diz se jogando na cama. "Assim, não pense que eu estava preocupada por causa disso, mas eu achei que a gente tinha feito pelo menos uns boquetes na noite da festa, e eu acabei contando para um monte de gente que eu já tinha pegado ela, mas no fim não aconteceu nada, eu apenas apaguei quando cheguei no quarto."

Olho para ela que está quase chorando do meu lado.

"E você não se lembrava disso?"

"Eu não lembrava nem quem eu era nessa festa, quem dirá o que eu fiz."

Dahyun coloca a mão tampando o rosto e faz sinal de não com a cabeça.

"Na-na, o que eu faço? E se isso chegar até ela e ela negar? As pessoas vão rir de mim pelo resto do ano," ela se joga para trás de tudo. E aquela escola é bem rápida pra espalhar fofoca.

"Não se preocupe Dah, ela não faria isso. Ela é uma babaca, mas não faria isso nunca", digo com convicção.

"Você acha mesmo?"

Ela se levante e segura as minhas mãos, olhando tristemente para mim. O rosto de Dahyun está todo borrado de maquiagem por conta das lágrimas.

"Eu espero," digo, mas soa mais como uma pergunta.

"Ah não," ela me abraça e chora no meu ombro, o que quase derruba a minha taça de vinho que ainda nem tomei. "E que o que ela me disso no dia seguinte deu um sentido que algo tinha acontecido, ela dormiu lá e tudo."

"Talvez ela estava muito bêbada para ir embora, e ela teve que ficar."

"Você está protegendo ela?"

"É claro que não, ela continua sendo a maior babaca que eu já vi."

Odeio como fiquei aliviada ao saber disso. Eu jurava que elas tinham ficado naquela festa, e eu odeio que fique feliz ao saber que não aconteceu nada.

Não demoro muito para ir embora para minha casa. Por mais que a Dahyun tenha me pedido para passar a noite na casa dela, eu tinha que ir para casa clarear à mente um pouco, depois de tudo o que aconteceu hoje a minha mente estava uma bagunça.



(Revisado)

Diga meu nome || 2Yeon G!POnde histórias criam vida. Descubra agora