Diga meu nome || 2Yeon G!P

Epílogo

Nayeon POV

Nós falamos com nossos pais, mas desta vez falamos com calma. Falei que não queria a empresa e que Jeongyeon também não. Na verdade, ela queria fazer faculdade de escrita criativa. Quer continuar escrevendo seus poemas profundos que sempre me fazem chorar.

Mas nossos pais não levaram aquilo de uma maneira tão pacífica como gostaríamos, mas algumas semanas depois, comigo e com a Jeongyeon nos vendo todos os disa, eles acabaram se acostumando com a ideia quando viram como nós duas estávamos felizes.

E nossos pais também acabaram se perdoando e concordando que nunca mais iriam trabalhar juntos, isso fez com que todos se acalmassem e percebessem que tipo de buraco todos nós estávamos cavando. E agora estamos o concertando novamente,

O clima ficou tão mais sereno e palpável que até mesmo a empresa está se recuperando. Está sendo aos poucos, com calma, mas não estamos mais com a corda no pescoço como antes estávamos.

Fiquei sabendo pela Jasmim que a Dahyun e Yuta terminaram, e que não sabe o que está acontecendo com os dois agora,mas eu só espero que estejam seguindo com a vida deles do mesmo jeito que Jeongyeon e eu estamos.

Depois das férias acabarem --que faltam apenas uma semana para acabar-- nós finalmente iremos para a faculdade. Pensei sobre o que eu queria durante as férias inteiras, e a resposta não foi tão difícil de descobrir. Sempre gostei de física.

Jeongyeon sempre achou estranho eu gostar de coisas tão distintas, como literatura e física, mas eu não me importo, gosto de ver como as regras do universo funcionam e como as coisas podem mudar. Por dentro e por fora. E, para felicidade de todos, nós vamos para a mesma faculdade.

Quase não consegui fazer minha matrícula, já que acabei decidindo o que eu queria muito tarde, mas no final tudo deu certo. Mas, por agora, estamos a caminho do aeroporto para buscar o pai de Jeongyeon que finalmente está voltando para casa.

Ele passou três semanas com a ex-mulher e não faço ideia do que os dois resolveram neste período, mas eu estou tão preocupada quanto a Jeongyeon sobre esta chegada. Não sabemos de muita coisa, e a Jeongyeon preferiu saber das novidades quando o pai chegasse, já que, dependendo da situação, poderia ser algo muito pesado para ser falado pessoalmente.

Quando  chegamos, Jeongyeon estaciona o carro e nós vamos até a entrada em silêncio.

"Não precisa ficar tenso, tenho certeza que seu pai vai trazer notícias boas," tento o encorajar.

Jeongyeon aperta a minha mão forte e nós dois entramos no terminal para procurar o pai dele, que a esta hora já deve ter chegado. Depois de dez minutos procurando pelo Levi, eu finalmente o vejo e cutuco Jeongyeon para irmos até ele.

"Ele está ali," digo.

"Finalmente,"

Ao ponto que nos aproximamos dele,me sinto cada vez mais tensa, assim como Jeongyeon. E fico praticamente paralisada quando vejo uma mulher de cabelos cor de mel saindo de trás de Levi e segurando a sua mão.

A mulher tem olhos da mesma cor que os de Jeongyeon, e o sorriso é praticamente o mesmo. Mas não vejo Jeongyeon sorrindo agora. Ela trava do meu lado e sinto meu sangue parar de circular na minha mão pela força que ele a segura.

"Minha mãe," ela diz, focada nela.

A mãe dela sorri como se não sorrisse a anos, e talvez essa realmente fosse a primeira vez em anos. Quando eles venham perto de nós, ninguém fala nada. E também não me atrevo a abrir a boca agora.

Posso jurar que consigo sentir o coração acelerar da Jeongyeon batendo aqui. E depois de tudo o que ela passou, eu entendo.

"Kyung-wan, você está..." a mulher começa, com sua voz rouca e fraca, mas Levi a interrompe.

"Nós o chamamos de Jeongyeon agora," ela corrige.

Então m sorriso surge nos lábios de Jeongyeon, e vejo seus olhos se encherem de lágrimas. Como o silêncio ainda prevalece, decido me apresentar e dar boas-vindas à mãe dela.

"Eu sou a Nayeon, Sra. Yunjin, prazer," estico meu braço para cumprimentá-la. "Se soubesse que viria , eu teria trago alguma coisa para recebê-la com mais carinho."

"Na verdade, a minha vinda foi uma surpresa para todos," ela olha para o ex-marido e a filha. "Mas é que eu precisava ver minha menina.

Os lábios de Jeongyeon começam a tremer e vejo que se ela der um passo a mais para a direção dela, ela vai explodir em choro.

"Filha," ela estica os braços. "Eu posso te dar um abraço?"

Fico tão apreensiva que sinto a ponta dos meus dedos coçarem. Não sei se Jeongyeon ainda guarda mágoas da mãe dela, mas não acho que guarde. Não acho que ela ame alguém mais do que a mãe dela, mesmo depois de tudo o que aconteceu.

Ele não responde nada, apenas dá um largo passo até os braços da mãe, e instantaneamente começa a chorar igual um bebê, mas sei que, desta vez, é de alegria.

"Me perdoe por tudo," Yujin diz, também chorando. "Eu nunca quis fazer aquelas coisas, nunca as farias se eu estivesse sóbria. Eu sei que não posso culpar a bebida ou o que for, e é por isso que eu não espero que você me perdoe, mas eu prometo que agora eu estou bem, estou completamente sã, e sei que tudo o que você fez foi me ajudar. Eu não sei onde estaria agora se não fosse por você, filha."

"Eu te amo, mãe. Eu te perdoo."

Eu e Levi ficamos os observando se abraçarem e conversarem por vários minutos, até que finalmente vamos embora e toda aquela tensão e ansiedade que estávamos sentindo é substituída por felicidade e inquietação.

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Na próxima semana, eu e Jeongyeon passamos tanto tempo com as nossas família que quase nos fez desistir de ir para a faculdade, mas alguém tinha que construir nossos futuros, e não podia ser ninguém além de nós mesmas.

Sinto que eu e meus pais nunca estivemos tão próximos como agora. É como se tudo que aconteceu entre nós nunca tivesse existido, e este é o melhor tipo de perdão que existir. Pelo menos é o mais genuíno.

A Jasmim também fez parte da nossa família durante este período.. Infelizmente ela não vai para a mesma faculdade que eu e Jeongyeon vamos, mas a faculdade dela é perto o suficiente para que nos vejamos todo fim de semana,

Quando chega a hora de nós duas irmos, não podia fazer outra coisa a não ser chorar.

Criar laços extremamente fortes com uma ou algumas pessoas é algo realmente perigoso, porque, às vezes, essas horas que temos que nos separar são um dos momentos mais difíceis da vida. Mas esta dor vale a pena, porque nós sempre teremos a certeza de que eles continuaram no nosso coração não importa onde estivermos.

Nós nos despedimos deles e damos mais um passo para o resto das nossas vidas turbulentas e cheias de problemas, mas que sabíamos que valeria a pena se atravessássemos aquilo juntas, com amor e paciência.

É isso...chegamos ao fim de DIGA MEU NOME!!!

Meu Bluesky caso queira ver minhas loucuras: akiraest

Amo vocês e até a próxima :)