Marianna POV
-Então por que minha presença te incomoda tanto? - Perguntei, levantando o tom de voz no máximo.
-Eu sei das coisas que você faz aqui dentro, Marianna! - Irmã Ângela gritou. - Eu sei do Aurélio você fez nas noites passadas.
-Sabe, é? - Perguntei, intimidando a. - Então me diga. Vamos lá, diga na minha cara.
Ela me encarou em silêncio, com o peito subindo e descendo de pura raiva. Seu olhar exprimia o veneno que havia em seu corpo, Terzo realmente estava certo sobre a confissão de hoje mais cedo.
-Não tem coragem, Ângela? Ou tem vergonha de admitir que se você me expulsasse da comunidade, Papa estaria em apuros.
-Ele consegue se virar sem sua ajuda por aqui. Não ficaria surpresa.
-Mas eu ficaria. - Reconheci a voz do homem na porta. - Você deve ter muita dificuldade em pedir perdão, Ângela. Marianna é como todas as outras dentro de nossa igreja, não há motivo para odiá-la.
-Terzo, não. - Levantei a mão e o impedi de dar mais um passo.
-Papa, essa garota está colocando nossa reputação em risco. Não é possível que você não veja isso.
-Reputação? Sério? - Ele franziu o cenho. - É com isso que você se importa? E aquele lema de amar o próximo que Deus sempre nos ensinou? Isso não vale para ela? - Emeritus apontou para mim.
-Você não sabe nada sobre mim, Ângela. - Cuspi em sua face. - Engraçado que você diz que a igreja aceita de tudo. Homossexuais, prostitutas, judeus, muçulmanos... Então por que eu seria uma exceção?
-Quando você se converte para servir a Deus, a história toma outro caminho.
-Não foi isso que Ele quis. - Terzo balbuciou.
Suspirei e passei as mãos pelo meu rosto tenso.
-Quer saber? Foda-se. Melhor fingir que essa briga nunca existiu. - Ergui as mãos e as deixei caírem do lado de minhas coxas. - Passar bem.
Saí do escritório de Ângela pisando duro, ainda indignada com a situação. Senti os passos largos de Terzo bem atrás de mim, desesperados em tentar me alcançar.
-Doçura...você está bem? - Assim que ele conseguiu, tocou os meus braços e ficou na minha frente, me impedindo de continuar a andar.
-O que você acha? - Forcei um sorriso.
Seus ombros caíram e seu olhar suavizou sob o meu.
-Podemos falar sobre isso no jardim, por favor? - Perguntei, com a voz firme.
Ele pega em minha mão e a entrelaça na sua, nos levando até o local pedido. Nós dois sentamos no banco de concreto e Papa permitiu que eu deitasse a cabeça em seu colo.
-Não vai demorar muito pra eu sair daqui. - Comentei com um certo tom de raiva.
-Mari, qual é, você está parecendo uma adolescente.
-Até você defendendo ela?
-Claro que não, Mari! Mas se você fugir...
Meus olhos se estreitaram e esperei por sua resposta.
-Prometo te fazer cócegas internamente. - Um sorriso malicioso surgiu nos cantos de seus lábios.
Me segurei para não dar um sorriso mas falhei na missão, soltando uma risada baixa.
-Não vai conseguir me convencer tão fácil assim, Terzo.
-Ah, não? Quero ver se te convenço assim então.
Seu rosto se aproximou do meu e ele segurou minha nuca com as duas mãos, me puxando para um beijo tão caloroso quanto o solstício da Itália. Meu coração não deixou de acelerar com o ato, então apenas peguei em suas bochechas; Com um certo apoio, me levantei sutilmente e sentei em seu colo de uma maneira meio torta, não interrompendo o beijo.
Sua mão escorregou em minhas costas e parou diretamente em minha bunda.
-Odeio quando você me provoca. - Emeritus III separou nossos lábios e me olhou de cima a baixo.
-Mas foi você que começou. - Dei um sorriso e depositei um selinho em seus lábios sorridentes.
-Queria poder usar isso á seu favor para atiçar a raiva de Ângela.
-Pff, nem dá ideia. - Soprei a franja. - Quero ver só a reação dela ao descobrir que quase fodemos no altar.
-Nem pense nisso, doçura. - Terzo riu, apertando minha nádega direita.
Após isso, ficamos trocando carícias no local com a brisa fresca que acariciava nossas peles. Nada nos incomodava, apenas nossas cabeças coladas e toques que não nos machucavam.
-Também te amo, Marianna. - Como um quase sussurro, Papa selou nossos lábios novamente.
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Pecado Desejado
Romance"...𝑚𝑒 𝑎𝑗𝑜𝑒𝑙ℎ𝑒𝑖 𝑒 𝑜𝑙ℎ𝑒𝑖 𝑝𝑟𝑎 𝑐𝑖𝑚𝑎, 𝑒𝑛𝑐𝑜𝑛𝑡𝑟𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑠𝑒𝑢𝑠 𝑜𝑙ℎ𝑜𝑠 𝑖𝑛𝑡𝑖𝑚𝑖𝑑𝑎𝑑𝑜𝑟𝑒𝑠. 𝐽𝑢𝑛𝑡𝑒𝑖 𝑚𝑖𝑛ℎ𝑎𝑠 𝑑𝑢𝑎𝑠 𝑚𝑎𝑜𝑠 𝑒 𝑐𝑜𝑚𝑒𝑐𝑒𝑖 𝑚𝑒𝑢 𝑡𝑟𝑎𝑏𝑎𝑙ℎ𝑜, 𝑡𝑜𝑟𝑐𝑒𝑛𝑑𝑜 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑞𝑢𝑒 𝑛𝑖𝑛...