Mas o que peste é isso?

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POV XXX
    
   A luz da manhã passa parcialmente pelas cortinas da janela dando um ar aconchegante e gostoso ao lugar.

   Voando alto em seus sonhos, aproveita o momento de descanso fazendo uma das melhores coisas que se tem pra fazer no mundo: dormir.

   Mas tem algo de diferente, o soninho tá tão bom que seu colchãozinho velho de quinta categoria parece até a cama de uma princesa feita com penas de ganso.

   Enfim, sonho de pobre.

   Também parece mais espaçoso e aveludado enquanto espreguiça se esfregando no local macio, com a sensação de algo grande e quentinho envolta de si, alguma coisa forte e até mesmo calejada tocando seu corpo. 
    
POV YYY
    
   A tempos sua estrutura não relaxava tanto, seus músculos e sua mente repousam como um alívio após muito cansaço.

   A claridade do dia já se faz um pouco presente mesmo com os olhos fechados, mas a sensação maravilhosa de calma que aquele momento lhe transmite faz com que não se importe com isso e apenas permaneça ali descansando.

   Se encontra em uma superfície confortável e um aroma muito agradável flui no ar, percebe que à algo pequeno e suave se movendo entre seus braços, alguma coisa suave macia sendo apertada por suas mãos.

POV'S OFF

   Minutos depois ainda se deixando embalar pelo confortável colchão, descansando calmamente naquela posição gostosa não se preocupando com mais nada. Ambos sentindo algo se mexer um pouco junto a si, viram sutilmente o rosto e abrem um pouquinho os olhos ainda embaçados de sono.

   — Huum, bom dia éé... Bakugo? — se espreguiça.

   *Boceja*

   — Bom dia cara redonda.

   Voltam às posições iniciais e fecham os olhos cochilando.

   Segundos depois duas caras paralisadas se formam nos rostos dos dois processando a informação com o pensamento "pera aí...".

   — AAAAAAAAAAAAAAAAAHHH.

   Gritam o mais alto que suas gargantas permitem pulando da cama na velocidade da luz e no processo o loiro se esborracha no chão enquanto ela pega uma luminária que encontrou numa mesinha e levanta como arma.

   — AAI CARALHO!

   — N– NÃO SE APROXIMA DE MIM!

   Taca o objeto na cabeça dele que acerta em cheio e ele cai de novo igual uma jaca madura.

   — QUE ISSO? FICOU MALUCA PRAGA??

   É, pra que tanta agressividade?

   — Q– Q– O QUE VOCÊ TÁ FAZENDO AQUI?

   — QUEM PERGUNTA SOU EU O QUE VOCÊ TÁ FAZENDO AQUI? PERGUNTA MELHOR, ONDE É AQUI?

   Ela olha em volta e percebe de primeira que aquele com certeza não é seu apartamento, primeiro porque o lugar é grande cheio de móveis de qualidade e tem até closet.

   E as únicas coisas que Uraraka tem na michurucada que ela chama de quarto são a caminha sem um pé com o colchão velho de terceira mão, um mini guarda-roupa que tem um milênio de idade e uma mesinha fudida toda comida por cupim e detalhe: tudo barganhado no ferro velho.

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