visita noturna

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Marinette não sabia bem o por quê, mas depois do dia exaustivo que teve ela precisava descansar em sua varanda, e deixar seus pensamentos se acomodarem enquanto observava a lua cheia de Paris.

Marinete viu uma silhueta deitada sobre o telhado de uma casa próxima.

Ela chiou para o gatinho no telhado. E como qualquer gato obediente, seguiu seu chamado.

- Boa noite, Marinette do Pan Cheng.
-comprimentou Chat Noir ao saltar em sua varanda, fazendo uma reverência elegante como se fosse da realeza.

- Me pergunto se por trás da máscara você seja um príncipe rebelde que odeia regras, gatinho. - Marinette riu.

E logo se repreendeu se sentindo culpada, primeiro havia discutido com Chat Noir naquele mesmo dia, como Ladybug é claro. Após seu parceiro ter feito uma simples pergunta sobre sua vida pessoal. E agora estava lá como Marinette, fantasiando quem Chat Noir seria por trás da máscara! Isso não era justo.

- Passou longe, Marinette... - Ele disse triste se virando para a lua.

- Me desculpe. - "por ter sido uma péssima parceira" era o que ela queria dizer, mas não podia. Não naquele corpo.

- Você não fez nada. Eu só... estou cansado dos meus dias serem sempre os mesmo, a garota que amo jamais me amará de volta, meus amigos jamais me suportariam se soubessem como sou de verdade. E não sabemos onde Hawk Moth está, mesmo ele estando aqui em Paris! Na mesma cidade que nós...

- Bem debaixo de nosso nariz... - ela completou, com as palavras de seu parceiro quebrando cada pedacinho de seu coração.

Ela pegou a mão de Chat Noir que segurava a grade de sua varanda e os dois observaram juntos a lua.

- Queria que soubesse o quanto amo sua companhia, gatinho. E quanto é admirável por mim. Queria que as coisas fossem diferentes. Mas você tem que acreditar o quanto é um ótimo parceiro.

Um choque elétrico dispara por todo seu corpo. Marinette solta a mão de Chat Noir com os olhos arregalados.

- Para Ladybug é claro. Porque você é um ótimo super herói, salvando Paris e nos mantendo...

Mas Chat Noir a olhava petrificado.

- Eu também amo sua companhia, Marinette.

Suas bochechas ficaram rosadas.

- Mas então... - Chat noir coçou a cabeça. - conseguiu se declarar para que o garoto que está apaixonada?

- Bom eu não sei mais se era uma boa ideia.

- Por que alguém não acharia uma boa ideia ser amado por você?

- Acho que nossa maldição é termos corações partidos, gatinho. - Ela sorriu triste.

- Acho que me enganei. Sobre meus dias serem sempre os mesmos. Nossas visitas não são tão frequentes quanto desejo que fossem.

- Realmente. - Marinette sorriu.

- Posso te contar um segredo?

Marinette cruzou os braços, com um olhar afiado.

- Você não pode confiar em qualquer pessoa, Chat Noir.

Se ela estivesse como Ladybug agora lhe daria um sermão.

- Mas você não é qualquer pessoa. - ele sorriu cortando o espaço entre eles ficando mais próximo.

- Acreditaria se eu disse que não tenho um vida divertida sem o traje?

- Então você não é um paspalhão indomável? - apesar das palavras divertidas Marinette franzia o cenho com curiosidade.

Ele respondeu com um sorriso. Pobre gatinho. Marinette o abraçou sentindo um cheiro cítrico e doce. E viciante.

Entre todos os abraços que já deu em Chat Noir esse era diferente. Mas então ele disse em seu ouvido:

- Boa noite, Marinette.

Então ele beijou sua bochecha, Marinette piscou. Mas então ele se foi, tão rápido, deixando um vazio impreenchível no ar. Por que ele foi agora? Não poderia ter ficado mais um pouco?

E pela primeira vez ela se perguntou para onde Chat Noir vai quando se destransforma, ou o que ele faria agora, ou melhor o que ele gosta de fazer quando não está a ajudando a salvar o dia?

- Você está bem Marinette? - Tikki a tirou do transe.

- Eu... não sei, Tikki.

A dama dos meus sonhos [marichat]Onde histórias criam vida. Descubra agora