A dama dos meus sonhos [marichat]

marry me, julieta

O sol já havia ido embora quando Marinette se pós a trabalhar em sua mais nova criação.

- O que acha disso Tikki? - perguntou Marinette mostrando seu rascunho.

- Brilhante!

Faltava apenas dois dias para o baile da cidade acontecer, administrado pelo pai da Chole, para seu azar.

Mas não deixaria que isso abalasse sua oportunidade de mostrar suas criações para os grandes estilistas que participariam do evento.

Patrocinadores de Adrien Agreste.

Adrien. Já havia um bom tempo que o evitava.

Batidinhas soou em seu quarto, seu lápis caiu de sua mão no mesmo instante que seu coração saiu pela boca com o susto que levou ao ver uma sombra preta em sua janela.

- Chat Noir! - ela o repreendeu.

Ele apenas sorriu inocente. Marinette abriu sua janela para que ele entrasse.

- Seu quarto é uma graça.

- O que faz aqui gatinho?

- Minha companheira da noite não estava a minha espera, então vim até você.

Ele andou pelo quarto analisando tudo com muito atenção.

- Esses desenhos são você quem faz?

- São, eu produzo algumas roupas quando tenho tempo. E esse aqui. - ela mostrou lhe seu rascunho. - é minha prioridade de hoje.

- Bom eu sou muito bom em assuntos de moda. - ele se gabou deitando em sua cama.

- Ah com certeza. - ela o provocou.

- Está duvidando do meu senso estético?

Marinette se sentou na beira da cama e jogou seus esboços para ele.

- Então vai em frente, me diga o que falta em minha peça, iria poupar meu tempo.

Ele se sentou orgulhoso e folheou os papéis como fossem documentos importantíssimos.

- Bom... se retirasse um pouco das magas ficaria mas moderno, a roupa em si está fantástica, mas a paleta de cor não combina com você.

Marinette piscou e depois semicerrou os olhos, tomando a folha das garras de Chat Noir.

- E o que você acha que combina comigo?

- Ficaria linda em vermelho.

Ela piscou.

- Isso não vai acontecer.

Ele fingiu estar ofendido.

-Sabe...Você poderia ir ao baile comigo.

Chat Noir engoliu em seco, se encontrando sem palavras.

- Quer dizer, não precisa aceitar se não quiser.

- Não, não é isso. Só fiquei surpreso. Eu me sinto honrado em ir ao baile com você.

Marinette riu e voltou a terminar de desenhar seu vestido deixando Chat Noir brincar com seus lápis enquanto a admirava, o que a estressava foi quando ele passou a dar palpite no que fazer a cada 10 segundos. Ela perdeu a paciência na 3 vez, o que o deixou satisfeito.

Era outra coisa tê-lo ali sem ser para salvar o dia. É claro que as vezes marcavam passeios como Ladybug e Chat Noir quando Paris não estava em apuros, mas aquilo era diferente de todos que já tiveram, mesmo ele não sabendo disso.

- Chat Noir não mecha aí!

Depois de alguns minutos ele passou a ficar entediado e começou a ficar curioso com as coisas que Marinette tinha pelo quarto.

- O que tem nesse potinho? Acho q não cabe nem uma moeda. - Quando viu que Marinette não responderia ele sorriu inocente.

- Então quem é esse bonitão nessas fotos?

- Quem?! Adrien? - Ela riu nervosa. - ele é só meu amigo, e uma grande inspiração de moda.

- Ele deve ser incrível.

- Mas e Ladybug?

- O que tem ela?

Fazia dias que Chat Noir não dava mais em cima dela como Ladybug e desviava de todas as tentativa da joaninha quando ela inconscientemente flertava com o parceiro.

- Como anda as coisas entre vocês?

Ainda gostava da companhia da parceira?

- As coisas melhoraram quando deixei de pressioná-la, nossa amizade só faz com que sejamos os melhores parceiros de Paris.

Pressioná-la ? Do que ele estava falando? Havia estragado tudo.

-Ah.

- Mas, então o baile. Dançara comigo a noite toda?

Marinette riu quando Chat Noir ponhou a mão em sua cintura e a conduziu para uma dança.

- Sabe Chat Noir. Seja quem for por trás da máscara, continuará sendo a pessoa mais incrível que já conheci.

Os olhos verdes de seu amigo e parceiro brilharam com suas palavras.

- Você é extraordinária, Marinette.

E esse foi a gota d'água que faltava, não se sentiu nervosa como se tivessem borboletas malucas que acabaram de dar voltas e mais voltas de montanha russa. Mas sim bater de asas suaves como se estivessem em câmera lenta em sua barriga.

Marinette então segurou o rosto de Chat Noir com as duas mãos e o beijou.

Foi um beijo intenso, e perfeito. Bem no fundo de sua alma, ela sabia que aquilo aconteceria um dia, só não sabia quando.

Por que havia adiado isso por tanto tempo?

Então Marinette não pensou em suas responsabilidades, em consequência e muito menos em Paris.

Porque beijar Chat Noir era a única coisa que importava.