Descanso

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Eu nunca direi que não amei aquilo que sequer ousou me amar.

Pois, se um dia eu amei, um dia esqueci. E se esqueci é porque não valia tantas lembranças para chamar de minhas.

E das lembranças guardadas não há rancor ou ódio, apenas o silêncio dos inocentes e todo grito de socorro dos amadores.

Pois, um dia quando chamaram pelo meu nome, os meus ouvidos eu tapei e de minha boca fechada nenhum grito saiu.

Enfim descansei, enfim adormeci.

Será então o dia chegado a me acalmar, pela viela suja me reencontro e tomo um chá.

Aleatório me desejo rodeado e tonto, dentre soluços e apegos não sei se conto. Sobre aquilo que vi e aquilo que não sei dizer.

Porque eu sei o que é real mas não é o que todo mundo vê.

Logo será mais um contemplado a morte conceder ? Um beijo ou dois, quem dirá até o amanhecer.

Meu sangue escorre e o declínio da vida se esvaiu. Porquê deitar aqui é a resposta que eu sempre procurei.

De um livro eu tirei toda morte e toda dor, e um dia descansar sem os olhos levantar, ao sol do meio dia para assim viver uma vida e senti-me aliviar.

Florestas de Galhos SecosOnde histórias criam vida. Descubra agora