Segunda Chance Para o Amor (Moonsun)

Não Acredito em Alma Gêmea.

Moonbyul se sentia feliz. Ela e Seori- sua esposa- estavam numa viagem em comemoração aos 8 anos de casamento. Havia realizado o sonho da esposa de conhecer as ilhas de Phuket, paraíso localizado no sul da Tailândia.

Seori estava maravilhada com o lugar, sorria a maior parte do tempo e corria feito uma criança pela imensidão de areia.

Depois de um dia extremamente divertido e cansativo, elas simplesmente apagaram assim que encostaram as cabeças no travesseiro.

Moonbyul agora encarava a esposa que dormia tranquilamente enquanto os primeiros raios solares invadiam o quarto. De súbito, teve a brilhante ideia de se levantar e preparar um café da manhã maravilhoso para Seori.

Fazendo o mínimo de barulho, ela se levantou e foi até o banheiro.

- Onde você vai, moon?- ouviu a esposa a chamar com a voz sonolenta.

- Volte a dormir, e não estrague a minha surpresa, amor.- Moonbyul disse saindo do banheiro e sorrindo para a de cabelos negros, que lutava para manter os olhos abertos. Ela apenas assentiu, e voltou a dormir.

Moonbyul achava engraçado como a esposa não raciocinava direito quando estava com sono. Deu um beijo na mulher e saiu rumo à qualquer mercado que encontrasse. O sol tinha acabado de nascer, e a paisagem era completamente linda. O cheiro do mar e o vento fresco que rodeava o lugar, fizeram com que Moonbyul optasse por ir de bicicleta, afim de apreciar melhor o lugar.

Passou em diversos lugares e até comprou algumas frutas numa feira local. Estava chegando próximo à cidade quando viu uma pequena galeria e resolveu entrar por pura curiosidade.

O lugar era enorme, haviam quadros, esculturas e até instrumentos antigos. Como era muito cedo, não havia ninguém, e por alguns instantes, a de cabelos vermelhos se sentiu a dona do lugar. Tirou diversas fotos para mostrar para Seori, já esperando a bronca que iria levar por não tê-la levado consigo.

Saiu da galeria ainda absorta nas fotos que havia tirado e nem viu uma monja que passava por ali, tropeçado e quase derrubando a mesma.

- Me desculpe! Você está bem? - perguntou a mais nova à senhora, que por não entender coreano apenas assentiu. Moonbyul apenas seguiu seu caminho, até sentir algo puxar sua jaqueta.

- A senhora de novo?- disse vendo a mulher já de idade atrás de si. - aconteceu alguma coisa?

A mulher fez sinal para que Moonbyul estendesse a mão, e assim que o fez, ela depositou um papelzinho na mão da mais nova.

- Esse é o seu futuro, minha filha.- a senhora disse, fazendo Moonbyul ficar surpresa.

- A senhora.... fala coreano?- perguntou confusa.

- Falo muitas línguas, menina. Mas isso não é o foco aqui. - ela disse apontando a mão de Moonbyul. - não quer saber qual é o futuro que te aguarda?

Ainda confusa, Moonbyul abriu o papelzinho e o encarou por alguns instantes.

- O que está escrito aí?

- GXian.- a de cabelos avermelhados falou confusa.

- Está com sorte então. - a mais velha disse sorrindo.

- O que significa?

- Que você vai encontrar a sua alma gêmea em breve.

- Já encontrei então. Sou casada há 8 anos com minha alma gêmea.

- Não, minha jovem. Você ainda vai encontrá-la, e só de olhar para ela, saberá que jamais poderá viver sem ela de novo. Quando você sentir esses sinais, não os ignore. Alma gêmea é uma das coisas mais sagradas do mundo, e somente tolos deixam acontecimentos desses passar.

Moonbyul não queria discutir com a monja, então apenas assentiu e refez todo o caminho pensando no que acabara de ouvir. Aquilo era loucura. Ela e Seori sempre se deram bem e passaram por muitas coisas juntas. Não era óbvio que ela e a esposa eram alma gêmeas?

- Achei que tivesse se perdido, Moonbyul! Por quê não atendeu o celular?- foi a primeira coisa que ouviu quando chegou no pequeno chalé em que estavam hospedadas.

- Bom dia pra você também, linda.- falou mostrando as sacolas. - eu fui buscar nosso café da manhã.

- Bom, nesse caso, eu te perdoo.- falou beijando a bochecha da maior.

[...]

Pouco tempo depois, Moonbyul e Seori estavam arrumando as malas. Era o último dia delas ali, e só lhe restavam mais algumas horas. Seori estava completamente emotiva. As vezes reclamava por não querer ir embora, e em outros momentos dizia que aquele era o melhor lugar que ela já conheceu e que estava ansiosa para contar para as amigas.

- Eu realmente não quero ir embora...

- Eu sei, amor. Você disse isso umas 89 vezes só na última hora.- moonbyul disse bufando.

- Desculpe, eu sei que estou sendo chata.- disse abraçando a maior.- mas só de pensar que é o penúltimo dia das minhas férias e que daqui dois dias vou estar trabalhando, bate uma tristeza, por que passo a maior parte do tempo longe de você e isso me corta o coração.

- É,não passamos muito tempo juntas, mas superamos tudo. E ano que vem podemos voltar, não se preocupe.

Continuaram abraçadas por um tempo até ouvirem o celular da de cabelos negros tocar.

- Já venho, moon.

Enquanto a esposa falava ao telefone,Moonbyul pegou a câmera começou a olhar as fotos que havia tirado da galeria. Sentiria saudades do lugar, tão artístico e vivído que ela poderia passar horas e horas naquele espaço.

- Moon,boas notícias. O escritório ligou e disse que acharam uma advogada muito competente.

- Amor, eu realmente não quer..

- Moonbyul, você também tem direito na herança!

- Não podemos falar sobre isso quando chegarmos em casa?

- Okay, então. Me desculpe se fui insensível, mas uma hora você vai ter que encarar o seu pai.- ela disse segurando o rosto da mais velha com as duas mãos.- não fuja disso. Eu vou estar aqui, prometo.- falou olhando nos olhos de Moonbyul.- aish, não faça essa cara de cachorro sem dono.- disse fazendo as duas rirem.

- Eu te amo, Seori.

- Eu também. - falou colando os lábios nos lábios da maior. - eu também.