Margaridas

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Era seis e meia da manhã, Shouta caminhava até a escola, por sorte não era muito longe de seu casa e podia ir e voltar a pé, e durante o caminho via a grama cheia de flores lindas, principalmente as margaridas e as rosas. As margaridas sempre o faziam lembrar Yamada, por conta de seu radiante sozinho e sua alegria contaminante.

Ele as observava sorrindo, até ouvir uma voz familiar o chamado, bem, o gritando eu diria. Era Hizashi vindo correndo atrás de si em sua direção.

- Oi Shoutaa!

- Bom dia, Yamada.

- O que você tá olhando? - virou-se para as flores - Por acaso, você tá vendo as plantas?

- Não são só plantas, são flores - começou a andar - Vem logo, ou a gente vai se atrasar, de novo.

- E-ei, Shouta! Me espera!

Já na escola, eles tiveram uma aula comum, a mes0ma chatisse de sempre. Obviamente, Aizawa foi dormir, e Yamada foi bagunçar com outros garotos. Mas, apesar do loiro ter muitos amigos, ele sempre prefere ficar com seu moreno, fazendo qualquer coisa que não fosse socializar com outras pessoas.
O sinal havia acabado de tocar e a sala esvaziada aos poucos, mas mesmo assim, o moreno continuava dormindo em um sono profundo, e como um amigo incrível que Hizashi era, simplesmente encostou uma garrafa de água gelada em seu rosto, fazendo-o pular de susto.

- Y-yamada! Seu idiota! - se levantou - Fala o que você quer.

- Calma, Shouta. Eu só vim e chamar pra gente ir 'pro intervalo, não precisa me agredir.

- A vá a merda - saiu da sala, enquanto o loiro o seguia, dizendo algumas palavras que Shouta não queria ouvir. Estava cansado, precisava dormir.

O moreno apertou o passo, Yamada fez o mesmo, o garoto nunca entendia do porquê seu amigo fazia aquilo, mas sem nem perceber, se perdeu de seu parceiro, e logo começou a correr para procurá-lo.

Enquanto isso, em outro canto da escola, Aizawa estava deitado no gramado nos fundos da escola. Ele tentava dormir, mas só conseguia olhar para os lados vendo as centenas - ou até milhares - de margaridas no chão, todas o faziam lembrar de Hizashi. Ó Deus, como ele estava apaixonado.
Se levantando, foi até o banheiro ver se conseguia desestressar, durante todo o caminho tentava despistar o loiro. Já no banheiro, percebeu que seu cabelo estava cheio daquelas malditas flores.

Mas que merda do caralho! Pensou.

O jovem tentava retirar a flores, mas elas não saiam, parecia que alguém havia as colado ali. Shouta, pela primeira vez em muito tempo entrou em desespero, não sabia e nem queria saber o porquê aquelas flores estavam em seu cabelo ou porquê ele não conseguia tirá-las. Mas por sorte, o banheiro estava vazio, então não seria tão ruim assim, até...

Hizashi havia corrido a escola toda atrás de seu amigo. Ele procuro em todos os lugares, bem quase todos, o loiro correu até o banheiro, finalmente encontrando o moreno, porém se deparando com uma das cenas mais estranhas que já havia visto: Shouta Aizawa, seu amigo de infância que parecia sempre tão calmo, agora estava nervoso, tentando tirar, o que parecia ser flores de seus cabelos.

- Err...você tá bem? - se aproximou.

- Eu tô bem, não é nada - resmungou, olhando o chão e tirando as mãos dos cabelo.

- Por que você pois margaridas no seu cabelo?

- Eu não puis. Elas gripudaram sozinhas, e a gora, elas não saem!

- Aizawa, não seja tão dramático. São só flores, é impossível elas grudarem no cabelo - na hora em que o loiro foi tirar uma das flores, o outro garoto soltou um gemido de dor, olhando-o meio envergonhado porém, com raiva.

Margaridas e Rosas (EraserMic)Onde histórias criam vida. Descubra agora