──── ♤ 𝐭𝐡𝐫𝐞𝐞 | 𝐥𝐨𝐯𝐞 𝐚𝐧𝐝 𝐰𝐚𝐫

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──── ♤ 03.

Completamente indiferente aos faróis vermelhos e radares, Kokonoi pisa fundo no acelerador de seu Mazda RX7 branco clássico, ultrapassando todos os demais carros na via como se estivesse uma corrida imaginária.

Ao som de Saint Tropez, Post Malone, o empresário — e piloto de racha nas horas vagas — tenta focar somente na adrenalina que percorria seu corpo e no grave da música vibrando nas caixas de som, fazendo o possível para não pensar demais no que estava prestes a fazer.

Ao se aproximar de seu local de destino final, o garoto desacelera aos poucos e adentra uma rua um pouco mais estreita, e ao chegar, estaciona seu veículo em frente ao estabelecimento.

— Tsc. Vamos logo com isso, Koko. — O de fios platinados tirou a chave da ignição e abriu a porta, descendo do carro.

Ciente de que aquele reecontro não seria nada fácil, o homem tira do bolso de seu sobretudo vinho um cantil de shochu puro, e vira o líquido na boca, até não restar uma só gota.

Definitivamente, Hajime não queria estar sóbrio quando tivesse que encarar Inui Seishu, em carne e osso, após tantos anos.

Esperou cerca de meia hora, até o horário de saída do loiro, que congelou ao avistar a figura imponente e elegante daquele que um dia fora seu melhor amigo e fiel parceiro. Seishu sentiu seu estômago revirar e suas pernas ficarem bambas, como gelatina. Sua mente estava em branco e seus batimentos cardíacos estavam tão acelerados que poderiam se assemelhar à uma bateria.

"Mas que merda esse cara quer aqui?"

Embora quisesse gritar, sua voz simplesmente não saía.

Queria correr até o garoto e lhe dar uma boa surra — ou quem sabe abraçá-lo e nunca mais deixá-lo ir — mas seu corpo parecia incapaz de se mover.

Hajime respirou fundo e seguiu em direção ao loiro, que permanecera estático na calçada da oficina.

Ao ficarem cara a cara, inúmeras lembranças inundaram os pensamentos de ambos, e mágoas e sentimentos mal resolvidos imediatamente vieram à tona.

— Há quanto tempo, Inupi. — Kokonoi sussurrou tais palavras rente à orelha de Seishu, quebrando o desconfortável silêncio entre os dois e fazendo com o que o loiro sentisse arrepios dos pés à cabeça.   

Embora quisesse desmanchar-se ali mesmo, nos braços do outro, Inui se manteve firme.

— O que caralhos você quer?! — Inupi  disparou, impaciente, dando um passo para trás e afastando Kokonoi com um brusco empurrão.

— Uau, quanto mau humor, Seishu. — Sob influência do álcool e tentando não transparecer o quão abalado estava com a presença do loiro, Koko assumiu uma postura indiferente e um tom sarcástico. — Achei que estaria mais feliz em me ver.

𝐃𝐈𝐄 𝐅𝐎𝐑 𝐘𝐎𝐔, 𝘮𝘢𝘯𝘫𝘪𝘳𝘰 𝘴𝘢𝘯𝘰Onde histórias criam vida. Descubra agora