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 ❝Uma nova vida, talvez seja disso que eu precise,
mas talvez para me sentir completo eu precise de amor.❞



Pib.

Pib.

Pib.

Olhos azuis cristalinos como o mar se abriu abruptamente ao ouvir aquele barulho tão conhecido do despertador.

Os olhos cor do mar correram pelo local que estava mal iluminado por ter apenas a luz do sol que ultrapassa levemente as cortinas, o local era um pouco bagunçado e cheio de posters de famosas bandas de rock e alguns de shoujos conhecidos, no canto perto da porta havia um baixo muito bem colocado em pé. Ainda observando o quarto percebeu um calendário e então resolveu se levantar e ir olhá-lo, mas quando percebeu a data ele se assustou deixando o calendário cair de volta na cômoda, ele seguiu para os portas retratos que haviam espalhados pelo quarto, em um deles ele estava com seus amigos do colegial, em outro estava apenas ele quando criança enquanto vestia aquela roupa de super herói.

Um porta retrato que o chamou a atenção foi o qual estava ele com mais outros dois garotos, um deles tinha uma tatuagem no pescoço e o outro tinha um cigarro na boca, ele e os outros dois garotos pareciam muito felizes na foto e aquilo fez com que um sorriso se abrisse em seus lábios. Andando mais um tempo pelo quarto ele achou alguns papéis com seu nome e resolveu lê-los, e aquela foi a segunda maior surpresa do dia, ele havia lido alguns mangás que falavam sobre um universo que as pessoas tinham classificações de Alfas, Betas e Ômegas, o falso loiro sempre achou que seria um beta já que parecia era uma pessoa normal, mas parece que esse novo universo para o qual ele foi mandado pensava ao contrário e ele era um ômega.

— Take? Você já está acordado? – uma voz masculina veio do lado de fora do quarto após uma batida.

— Uh, s-sim. – respondeu meio incerto enquanto sua mente gritava que aquela pessoa era de confiança.

— Tudo bem, se arrume e venha tomar o seu café antes de sair com seus amigos. – os passos foram ouvidos e o – agora – garoto se sentou na cama enquanto bagunçava mais o seu cabelo.

Enquanto fazia seu caminho para o banheiro ele viu uma foto em específico e sua cabeça se encheu de flashes mostrando várias e várias memórias fazendo sua cabeça pulsar de dor, antes que seu corpo batesse no chão ele sentiu braços quentes e fortes o segurar e então ele perdeu a consciência.

*****

Quando abriu os olhos pela segunda vez naquele dia ele teve a visão de um de seus irmãos mais velhos o olham extremamente preocupado, aquilo aqueceu o coração de Takemichi já que na sua outra vida ele nunca teve aquele olhar de ninguém além de Hina.

— Take, você tá bem? Você desmaiou do nada, precisa que eu o leve ao médico? – começa a bombardear o mais novo de perguntas.

— Eu estou bem, Waka, não precisa se preocupar, foi apenas uma dor de cabeça muito forte. – tranquilizou o mais velho que ficou um pouco mais calmo, mas ainda demonstrava preocupação.

— Tem certeza? Nós podemos ficar em casa hoje apenas assistindo, você pode dizer aos garotos que vocês irão outro dia, eu posso fechar a oficina por hoje, sem problemas nenhum. – dizia enquanto observava o falso loiro de perto.

— Tenho total certeza, eu consigo ir hoje sem problemas, se eu passar mal juro que te ligo assim que conseguir. – prometeu

— Tudo bem, mas tome cuidado e não volte muito tarde.

*****

Se ele soubesse que isso iria acontecer nesse universo alternativo também, ele não teria vindo e teria ficado em casa com seu irmão mais velho e nesse exato momento eles estariam comendo diversas besteiras enquanto assistiam algum filme tosco ou jogam algum jogo idiota. Mas não, aqui estava ele ajoelhado em reverência aos delinquentes da Toman enquanto pedia desculpas emboladas por conta do quão machucada estava sua cara, ele se lembrava de isso ter acontecido quando ele estava no colegial, depois que eles perderam acabaram virando os escravos de Kiyomasa, mas agora ele estava pensando em diversas formas de simplesmente esconder todos aqueles machucados de Wakasa.

Ele não poderia ir para a casa de Hina pois a menina acabaria contando ao mais velho de alguma forma, o hospital ligaria para seu responsável que era seu irmão mais velho e então a única opção que sobrava era ele voltar para casa e torcer para que o outro não tivesse chegado ainda do trabalho. Mas como a sorte nunca está do lado do mais novo, os dois chegaram ao mesmo tempo e quando Wakasa bateu os olhos em seu caçula ele apenas tacou seu cigarro que estava meio queimado e correu até o ômega que parecia muito quebrado.

— Meu deus, Take. – exclamou extremamente preocupado. – Quem foi o merdinha que fez isso com você? – pergunta de forma ameaçadora.

— Uh, não importa muito. – respondeu um pouco incerto e se sentiu sendo pego no colo. – Eu posso andar Waka.

— Foda-se, eu não estou deixando meu irmão andar nesse estado. – disse entrando na casa e fechando a porta com o pé.

A cada machucado que era colocado um curativo o alfa tentava arrancar respostas de seu irmão mais novo que apenas respondeu que apanhou para alguns garotos que fazem parte de uma gangue e que agora ele teria que fazer o que eles mandasse – sempre –, dizer que Wakasa estava furioso era um eufemismo, o mais velho estava puto e pode ter certeza de que faria os merdinhas pagarem pelo que fizeram ao seu irmãozinho.

Foi alguns dias mais tarde que Takemichi percebeu que não aconteceria exatamente como na sua primeira vida já que nesse exato momento ele estava no meio de um clube de luta ao invés de apenas ser usado para comprar as coisas que os caras da Toman mandavam. O Hanagaki tentava ao máximo desviar de cada golpe e por mais que ele esteja conseguindo isso por ser menor do que seu oponente, ele ainda foi acertado com um único soco em seu rosto o fazendo desmaiar.

Assim que acordou o falso loiro percebeu que foi deixado sozinho ali e que já estava anoitecendo, então ele teria que voltar correndo para casa se não quisesse seu irmão, Takeomi e Benkei o procurando por toda Tokyo. Ao chegar em casa ele ia subindo para seu quarto quando ouviu o mais velho o chamando, isso o fez travar pois havia dos cheiros bastante conhecidos e ele não estava muito animado para ter mais um alfa e um ômega preocupados com ele.

— Ei Take, já faz um tempo. – Takeomi o cumprimentou alegre, mas logo fechou a cara quando viu o enorme hematoma no mais novo.

— Oi Takeomi, Benkei. – sorriu timidamente.

— Você tá apanhando de quem? – o alfa que se mantinha quieto perguntou e Takemichi poderia jurar que viu um sorrisinho vitorioso no rosto de seu irmão.

— Não é nada demais, Benkei, não precisa se preocupar.

— Seu idiota, você não pode simplesmente ficar apanhando. – o ômega diz dando um tapa em sua cabeça. – Você se parece com o Shini antes de formarmos a Black Dragons.

— Vocês poderiam me ensinar a lutar, assim eu posso me defender. – oferece e os três mais velhos se entre olham pensando.

— Tudo bem, começamos amanhã. – Wakasa informou enquanto voltava para a cozinha.

𝑴𝒆𝒖 𝑵𝒐𝒗𝒐 𝑹𝒆𝒄𝒐𝒎𝒆𝒄̧𝒐 - 𝚃𝚘𝚔𝚢𝚘 𝚁𝚎𝚟𝚎𝚗𝚐𝚎𝚛𝚜Onde histórias criam vida. Descubra agora