"Friends" | l.s

Prefácio

Se fosse Louis contando nossa história, ele nos resumiria a um fato filosófico, breve, objetivo e verdadeiro. Bem, com o tempo você também vai perceber que Louis não é nada, nem um pouco, nem um tiquinho assim ó, romântico, mas ele se esforça.

Ao contrário dele, como o jornalista que ama desenvolver enredos fora da curva que eu sou, vou começar a contar lá pelo comecinho, onde as coisas começaram a mudar entre nós, mesmo que não tenhamos nos dado conta na época.

Foi quando Louis entrou em parafusos, mais precisamente quando ele tomou chá de sumiço no dia em que pediria sua namorada em casamento.

Ele havia convidado seus amigos mais próximos e seus familiares mais íntimos e feito uma reserva com dois meses de antecedência em um dos restaurantes mais requisitados de Nova Iorque.

Eu o havia ajudado a organizar tudo, desde o local à escolha do anel, porque o plano inicial, como seu melhor amigo, era eu ser padrinho do seu casamento quando a cerimônia viesse a acontecer; mas, bem, Louis surtou muito antes disso, e desastrosamente muito perto de se ajoelhar e abrir a caixinha que mudaria tudo para sempre, inclusive a minha vida. E ainda bem que aquela caixa nunca foi aberta.

Essas são as boas-vindas a minha história de amor nada convencional.